Se ficou difícil de respirar no primeiro episódio dessa sétima temporada de TWD, a segunda vem para te dar um pouco de ar e quem sabe, talvez, um calorzinho em seu coração petrificado de medo. Já sabemos como funcionam as coisas na série, não vamos ter um Negan apavorando em todos os episódios e isso nem faria sentido. Vamos devagar, pero no mucho. A continuação pós Negan ou qualquer outro vilão é sempre mais cautelosa, mas dessa vez, apesar de não termos grandes cenas de ação, ficamos conhecendo um outro líder. E que líder, né, minha gente.
*Contém Spoilers
Carol, que tinha conseguido abater sozinha vários Salvadores e depois foi salva por Morgan no final da sexta temporada, reaparece. Ela continua com Morgan, mas eles estão acompanhados de alguns “cavaleiros”. A coisa começa a ficar estranha, cavaleiros num estilo medieval, amigos de Morgan e ajudando Carol. Onde fomos parar? Bem, fomos parar n’O Reino. Uma outra comunidade, que Morgan já conhecia e não demorou muito para conhecermos o rei dessa maluquice toda. Ezequiel e sua singular companheira Shiva, uma tigresa linda, é um cara que realmente podemos chamar de único. Ele é grande, cheio de dreads nos cabelos, senta numa espécie de altar e tem ao seu lado um felino enorme e feroz de estimação. Assim como nós, Carol fica confusa, mas, ao invés de entender a dinâmica do lugar e daquele líder, ela prefere dar uma de Carol e tentar sair fora na surdina.
Conforme o desenrolar da história, percebemos que Ezequiel não é um maluco com mania de grandeza, ele é um bom líder, cauteloso, aparentemente pacífico, mas que de bobo não tem nada. Percebemos isso, pela forma como sua comunidade convive e principalmente por sua relação com os Salvadores. Ele não deixa de “pagar o imposto” para Negan e sua trupe, mas também não o faz de bom grado, vide que os porcos são bem alimentados com carne podre de zumbi. Talvez ele ainda não tenha força suficiente para enfrentar Negan, mas dá uma acalentada no coração saber que eles estão comendo aquela carne. Já diz o ditado “a vingança é um prato que se come frio”, mas aqui podemos adaptar para contaminado que tá valendo. Depois de um dia atribulado, nada melhor que ir comer uma frutinha do pomar, não é mesmo? Pois Carol pensou a mesma coisa, nada melhor do que uma frutinha para acompanhar uma longa estrada. E com isso, eis que Ezequiel e Carol se encontram e as coisas começam a ficar mais esclarecidas. O episódio acabou e não descobrimos se Carol fica ou não, pelo menos, por enquanto, no Reino, mas uma coisa é certa, ela aceitou a romã**.
Notinhas
- Vemos aqui três comunidades totalmente distintas. Alexandria que começou a lutar agora, mas que está bem abalada com tudo que passou e agora ainda mais com tudo que Rick, seu líder, está enfrentando. O Reino, cujo líder, Ezequiel, usa da diplomacia para continuar sua vida e manter a paz de seus membros e Os Salvadores, que todos já sabem são completamente agressivos e possuem um líder egocêntrico, sanguinário e que quer ser o líder absoluto, seja como for;
- É bem provável que Rick e Ezequiel se unam para um embate com Negan. Isso é algo que ainda irá demorar, mas que o caminho de ambos irão se cruzar, isso é certo;
- Daryl provavelmente aparecerá no próximo episódio e é através dele que iremos conhecer um pouco mais sobre a comunidade de Negan.
**A mitologia grega possui uma história onde Hades prende Perséfone por ela ter comido uma romã. Não é uma historinha bonitinha, mas provavelmente a referência usada no episódio foi essa. Muito interessante, por sinal > Mitologia Grega – Perséfone