Alguém, que infelizmente não me lembro quem – por favor se estiver lendo, se manifeste – me indicou o seriado Quicksand. Achei a premissa interessante, coloquei na minha lista e eis que essa semana resolvi assistir. Confesso que pareceu interessante, mas não imaginei que fosse tão bom.
Baseado no romance sueco “Störst av allt” de Malin Persson Giolito, conta a história de um tiroteiro em uma escola de Estolcomo, onde uma adolescente, Maja, é acusada de ser uma das assassinas. Durante o julgamento, detalhes do relacionamento e dia a dia de Maja, seu namorado Sebastian e outros estudantes, parentes e professores são reveladas. A questão central é Maja realmente é uma assassina ou apenas outra vítima?
A história se monta pouco a pouco conforme os episódios vão passando, numa espécie de quebra cabeças que vai revelando sua figura no decorrer de sua montagem. O seriado te envolve, mexe com os sentimentos e até faz analisar e reavaliar algumas atitudes. Especialmente as que temos com relação a amizades e relacionamentos amorosos.
O seriado é muito bem adaptado, com uma interpretação e ambientação sensacional. Mexe com o telespectador e garante emoção do começo ao fim. Não estranhe se em algum momento você sentir uma lágrima rolando em seu rosto ou um aperto no coração, pois Quicksand consegue fazer isso com você.
Notinhas
- Quicksand é a primeira série sueca original Netflix – começaram bem;
- A escola e o prédio são reais, mas os nomes são diferentes. A mansão de Sebastian já foi locação de um filme de 1996 – Vinterviken;
- O sistema prisional da Suécia é bem diferente do que estamos acostumados a ver, especialmente no Brasil com as superlotações e falta de respeito com as pessoas. Reflete bem o que consideramos primeiro mundo;
- Num primeiro momento eu julguei Maja, achei determinadas atitudes absurdas, mas depois, analisando com maior cuidado percebi que é exatamente o que acontece com milhares de mulheres e homens.