A polícia federal da Bélgica está no rastro de uma das maiores redes de tráfico de ecstasy, cujo chefão é o holandês Ferry Bouman. Apesar de toda fortuna o chefão prefere viver com sua esposa Danielle num chalé em uma região popular. Para tentar prender Ferry os policial Bob e a policial Kim formam – Peter e Anaouk – iniciando um processo de infiltração, indo morar próximo à Ferry e sua esposa, fazendo amizade, conquistando sua lealdade até o ponto de conseguirem fazer parte dos negócios do poderoso rei das pílulas.
A vida de um infiltrado é bem complicada e depende do tempo que você está na operação sua vida pessoal/real acaba se misturando demasiadamente com a vida fictícia/infiltrada. Quantos policiais infiltrados acabam tendo que usar drogas e ficam viciados ou se envolvem romanticamente com alguém e acabam realmente apaixonados? A vida retratada em Undercover não é muito diferente disso. O seriado é bem realista, mas não espere ação típica dos seriados americanos, as coisas são mais lentas, até por serem mais realistas. Além de ser mais próximo ao real uma outra coisa que vemos na série e que a torna bastante interessante é justamente perceber os preconceitos e desavenças entre as diversas regiões da Europa. Não pense que apenas Brasil e Argentina possuem rivalidades, na Europa diversos países possuem históricos e “picuinhas” históricas.
Sem grandes efeitos especiais, reviravoltas ou ações explosivas, Undercover entrega um seriado com uma história sólida, bem contada e bem atuada. Já falei aqui e sim, vou falar novamente, as séries europeias estão surpreendendo positivamente cada vez mais e nós telespectadores só temos a ganhar com isso. Que venham cada vez mais séries europeias, quanto mais concorrência, qualidade e diversidade, melhor.
Notinhas
- O cachorro de Danielle possui o nome Khaleesi, que é uma homenagem a Daenerys Targaryen de Game of Thrones e que significa algo próximo a rainha 😉
- Essa é a primeira série belga/holandesa original Netflix.