Game of Thrones – The Broken Man (s06e07)

The Broken Man, o episódio dessa semana, foi dedicado a um personagem que achávamos que não voltaria mais. Mas não foi só esse personagem que voltou, tivemos também outros retornos, novos personagens e algumas revelações.

Não foi dos episódios mais ativos, foi mais uma transição, uma evolução de diversas histórias. O cenário está montado para a reta final da temporada e muita coisa ainda está para acontecer.

*Contém Spoilers

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O episódio já começou com tudo, mostrando que o Cão, Sandor Clegane, de alguma forma conseguiu sobreviver. Ele está lá ajudando um pessoal a cortar lenha e a construir o que parece ser um templo no meio do campo. Um lugar bonito, pacífico, cheio de gente que só quer fundar uma vila e tocar sua vida em paz. Mas isso é Game of Thrones né minha gente, toda essa paz tem hora pra acabar.

Entre vários diálogos entre o Cão e seu pastor, ficamos sabendo mais ou menos como ele conseguiu sobreviver depois de estar mais morto do que vivo. Nada muito específico além do fato de que foi o pastor quem salvou a sua vida e de que ele sabe sim da real identidade dessa pessoa que tem um rosto tão comum e delicado. Também podemos perceber que o Cão não está muito bem, nem física nem psicologicamente. Mas a força continua lá, a raiva continua lá.

No meio de um sermão, que pareceu ser feito sob medida para Sandor, eles são interrompidos por três cavaleiros que não se esforçaram para esconder suas más intenções. Eles querem dinheiro, armas ou comida. Parece razoável que nada disso exista ali naquela comunidade quase hippie e eles vão embora fazendo uma pequena ameaça, sendo observados pelo Cão, que tentou se esconder no meio do povo. Sandor deixa claro que aquele pessoal não vai deixar barato mas o pastor pacifista diz que não há nada a se fazer, ele não vai se armar e não quer colocar seu povo no meio de uma guerra. No final do episódio veremos as consequências dessas decisões. Mas antes vamos dar uma volta por Westeros e Essos.

Em King’s Landing, Margaery continua sua sina de fiel seguidora do High Sparrow, citando versos da Estrela de Sete Pontas e tudo, uma perfeita carola. Até suas vestimentas mudaram, ela usa uma coroa discreta, um vestido discreto, nada daquele esbanjamento real. Ela chega a precisar de convencimento para deixar que Tommen possa consumar o casamento. Afinal, um Rei temente aos deuses precisa de herdeiros e assim continuar esta santa dinastia. Depois de o High Sparrow deixar escapar que Lady Olenna deve ser convertida também caso contrário poderá sofrer as consequências, Margaery avisa que vai ter uma conversa com sua avó e que tudo se resolverá.

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E então, finalmente, depois de um diálogo cheio de melhores momentos em que Olenna deixa bem claro todo seu desprezo pelo High Sparrow e por Septa Unella enquanto Margaery corta um dobrado para acalmá-la, Margaery pede para sua avó voltar para casa. Depois de entregar algo para ela e de dar um abraço como quem diz “não se preocupe, tudo vai ficar bem”, elas se despedem. Depois, a sós, Olenna vê o desenho da rosa Tyrell que sua neta fez e tem certeza de que o melhor a fazer é obedecer Margaery e fazer as malas o quanto antes.

Mas o antes envolve uma conversa com Cersei, que chega com várias pedrinhas no bolso, acusando a Rainha dos Espinhos de ser covarde, de largar seus filhos a mercê do High Sparrow e tudo mais. Olenna manda Cersei cuidar dos seus problemas, que ela é a culpada de tudo aquilo e que can-sei! Espero que tenhamos mais cenas com Olenna logo, a diversão é sempre garantida quando ela está por perto.

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Já no Norte, Jon e sua trupe fazem o tour pelas casas leais aos Stark, tentando apoio para derrotar Ramsay. Primeiro tem a conversa com os selvagens, que não estão muito a fim de lutar uma guerra que aparentemente não é deles. Até que Tormund manda a carta “ele morreu por vocês” e, depois do gigante Wun Wun confirmar seu apoio a Jon Snow, o resto dos selvagens aceitam entrar na briga. Até porque, quem é que vai ser contra um gigante daqueles, não é mesmo?

A primeira parada é a melhor de todas, onde somos apresentados a Lady Mormont (por sinal, prima de Jorah). Ela é tudo o que gostaríamos que Arya fosse, com uma fração do sofrimento. Depois de ouvir Jon e Sansa argumentarem e não convencerem, é a vez de Davos discursar. Ele traz os White Walkers pra conversa : “Essa é uma guerra entre os vivos e os mortos”. A jovem Ursa compreende o valor dessa guerra e decide compartilhar com Jon a força de incríveis 62 soldados. Ótimo, agora só faltam 2.938! \o/

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Eles ainda dão uma passada no castelo dos Glovers, mas lá não tem conversa e acabam de mãos vazias. Outras casas cedem seus exércitos mas o número total não chega a trezentos homens. De volta ao acampamento, localizado no mesmo lugar onde Stannis montou o seu na temporada passada (pobre Shireen!), o Team Stark discute se deve atacar já ou esperar pela providência divina. Jon quer ir pra guerra já, Davos vai separar uma briga entre os selvagens e Sansa percebe que não tem saída e precisa apelar para Littlefinger – pelo menos é o que parece.

Já em Riverrun, Jaime e Bronn (bem vindo de volta, Bronn!), discutem a estratégia e o papel que Jaime espera que Bronn cumpra e como os Frey são inúteis. O que é prontamente escancarado com as ameaças obviamente vazias de matar Edmure na frente do castelo caso Blackfish não se renda. Não bastasse esse sinal de incompetência, os Freys montam um cerco que não consegue nem perceber um exército enorme de Lannisters chegando pela retaguarda. Jaime mostra a que veio e de maneira muito didática mostra que ameaças devem ser cumpridas. Sutil como um tapa na cara.

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Depois de mostrar quem é que manda, Jaime vai ter um particular com Blackfish, que também deixa claro que ali não nenhum trouxa não. Ele sabe que Edmure não tem salvação, avisa que eles tem comida pra 2 anos e que só saiu pra trocar uma ideia porque cercos são um tédio só. Ponto para a Casa Tully!

Em Volantis, os Greyjoy fazem uma parada estratégica para trocar o óleo e Yara, de forma doce, tenta levantar a moral de seu irmãozinho destruído. Mas como Greyjoy que é, não consegue deixar a crueldade totalmente de lado. O importante é que parece que funcionou e Theon vai pelo menos tentar se reerguer. O plano agora é fazer um pacto com Daenerys para garantir a sobrevivência da família. Nesses termos pode até ser que dê certo. Pelo menos é um plano melhor do que o do tio deles, que pretende casar com Daenerys só por ter uns barquinhos.

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E então vamos a Braavos, ver como o plano de fuga de Arya vai se dar. Ela facilmente encontra um cara de Westeros, já arranja uma cabine e adianta a viagem do cara em dois dias, like a boss. Enquanto aprecia a paisagem de Braavos, se despedindo desta cidade que a acolheu tão bem #sqn, uma senhorinha aparece. Logo que ela aparece o universo inteiro só pensa que “É uma cilada, Bino! Corre!”, mas Arya deixa a senhora chegar mais perto e, alguns cortes e furos na barriga depois, a loirinha belzebu mostra sua cara. A ficha cai para Arya, que consegue se desvencilhar e se jogar no canal. A loirinha se dá por satisfeita vendo a sanguera na água, mas Arya emerge em outro ponto do canal, toda estropiada. Ela vaga pelas ruas de Braavos sem saber o que fazer nem a quem recorrer. E agora, José?

Corta para o bucólico acampamento de Sandor e seu rebanho, onde o Cão continua cortando lenha como se estivesse em Winterfell e o inverno estivesse a todo vapor. Até que de repente dá um estalo e ele resolve ir ver como é que está o seu pessoal. Chegando lá, oh surpresa, todo mundo morto. O ápice é o pastor, enforcado na estrutura da sua igreja. Sandor pega o machado que estava por ali e sai caminhando em direção ao horizonte, em busca de vingança.
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Notinhas

  • O episódio começou direto com cenas de Sandor Clegane, antes mesmo dos créditos, o que é muito raro em Game of Thrones. Sinal de que a futura jornada dele será importante para o resto da história? Provavelmente.
  • O pastor achou graça quando Sandor contou que foi uma mulher que fez aquilo com ele. Claramente ele não conhece Brienne.
  • Agora que sabemos que Sandor Clegane está vivo, será que ele será o responsável pelo fim de seu irmão, a Montanha, outro que voltou do mundo dos mortos?
  • Já que não tivemos Tyrion neste episódio, Olenna Tyrell ficou com as melhores falas do episódio. “Eu só preciso assobiar e meus homens virão aqui te espancar até que eu peça para eles pararem. SE eu pedir para eles pararem.“, na cara da Septa Unella, que não moveu um músculo. “Loras está na prisão por culpa sua. O High Sparrow comanda esta cidade por culpa sua. Nossas casas correm o risco de desaparecerem por culpa sua e da sua estupidez“, para Cersei. E a melhor de todas, também para Cersei: “Eu fico na dúvida se você é a pior pessoa que eu já conheci. Depois de uma certa idade é difícil ter certeza, mas o que é verdadeiramente vil se destaca ao longo dos anos.
  • Assumo logo meu erro. Achei mesmo que Margaery tinha se convertido, até porque era nisso que sua avó acreditava. Mas ela está tramando algo e pretende pegar todo mundo de surpresa. Provavelmente ela está esperando seu irmão ficar a salvo para dar o golpe no High Sparrow. Eu ainda acho ela uma Cersei mais nova – muita saliva e na hora do vamos ver acaba fazendo besteira. Vamos ver o como vai ficar isso aí. Será no mínimo interessante.
  • Esse foi o terceiro episódio seguido sem uma aparição de Ramsay. Tenho medo de saber o que aconteceu com Rickon nesse tempo todo.
  • Outra sumida é Melisandre. Depois de um início de temporada no centro dos holofotes e de ter ficado sem fala por alguns episódios, agora ela nem mesmo aparece.
  • Já tem gente dizendo que se tivessem dado 3 dragões pra Lyanna Mormont no começo do seriado, a história teria acabado em 2 temporadas.
  • A fotografia desse episódio está muito bonita. Desde os campos onde Sandor e sua comunidade estão construindo sua pequena vila, até o castelo dos Tully, envolto por rios, e a vista do Guerreiro de Braavos, são imagens espetaculares.
  • Só mesmo Bronn para cortar o slogan dos Lannisters no meio e continuar caminhando como se nada tivesse acontecido. O pior é que ele tem razão.
  • Deve ter sido engraçado mesmo para os Freys quando Jaime mandou dar banho e alimentar Edmure Tully antes de qualquer coisa. Os Freys devem ter pensado: “Dar banho no prisioneiro? Banho? O que é isso?” 🙂
  • Para os leitores dos livros: que bom que o cerco a Riverrun está acontecendo também no seriado. Eu já tinha perdido as esperanças.
  • Se Olenna Tyrell ficou com as melhores falas, o diálogo entre Yara e Theon merece uma menção honrosa. Yara: “Vamos em busca de justiça!” Theon: “Se é justiça o que queremos, pode me enforcar agora mesmo”. Yara: “Anh, que se dane a justiça, vamos em busca de vingança!”. Triste e engraçado.
  • Puorra, Arya! Você sabe que está jurada de morte pela Casa do Preto e Branco e fica aí de boa, sem desconfiar dos estranhos que aparecem no seu caminho? Você não aprendeu nada com todo aquele treinamento não? Não acredito que seja o fim dela, Needle ainda precisa dar um fim na loirinha, mas agora ela vai precisar de um milagre para se salvar.
  • Como é que Sandor não ouviu nada enquanto rolava uma chacina que matou umas 50 pessoas enquanto ele estava a o que, 200 metros dali, cortando lenha?

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