Sobreviver não se trata apenas de se alimentar, fugir dos perigos, suprir as necessidades básicas fisiológicas. Sobreviver significa lutar com sua mente constantemente. Aprender a administrar os sentimentos, lutar contra aqueles sentimentos que insistem em nos pregar uma peça e apoiar aqueles que irão nos fazer bem. Mas quais são os sentimentos necessários, quais são aqueles que ajudam ao invés de atrapalhar? Aí é que está a grande complexidade na sobrevivência psicológica. E é justamente essa batalha, que “Inmates” deixa bem clara.
*Contém Spoilers
O episódio começa com a união de dois antagonistas. De um lado temos Daryl, que sempre foi a personificação da luta, bravura e instintos “de guerra” aguçados. Do outro, temos Beth, a irmã mais nova, mais frágil, que ficava cuidando do bebê, que sempre foi muito carinhosa e extremamente delicada. Daryl está nitidamente cansado e descrente, já Beth ainda tem conservadas a esperança e o otimismo. Porém, descobrir que Luke e Molly (crianças que estavam na prisão), estão mortas, podem abalar um pouco esse sentimentos da garota. Enquanto isso, Tyreese está com a dura tarefa de cuidar de Lizzie, Mika e Judith. Isso, ela mesma. Todos já imaginavam que ela estava viva, só não imaginávamos que a difícil tarefa ficaria nas mãos de Tyreese. Além da pequena bebê, que chora constantemente, sendo um chamariz de zumbis, ele tem que lidar com os medos da pequena Mika. Para isso ele conta com a ajuda de Lizzie, que procura levar em consideração as aulas de Carol. Mas até que ponto ela está sendo afetada por tudo isso? A situação de Lizzie é complicada e de se temer. A garota quase sufocou Judith, para que ela parasse de chorar e não foi sem querer, ela fez consciente do que estava fazendo e o que é pior, parecia estar gostando da sensação. Ela só não levou seu ato até o final porque, inesperadamente, Carol apareceu. Salva a pequena Judith, as irmãs loirinhas e ajuda Tyreese, que fica extremamente aliviado e grato em ver a moça. Isso tudo sem saber que ela é a responsável pela morte de seu grande amor. Seja como for, eles seguem o conselho de um desconhecido que acaba de ser mordido e seguem pelo trilho do trem, em busca de um tal abrigo seguro. Caminhando um pouco pela trilha, os cinco logo descobrem o sinal de um tal Santuário, que está sinalizado no mapa como “Terminus”.
Enquanto isso, Maggie, Sasha e Bob descobrem que o ônibus que saiu da prisão foi atacado e que muitos morreram. Maggie, que estava a procura de Glenn, se desespera, mas logo descobre que seu amado não está entre as carcaças e os errantes. Falando em Glenn, o rapaz ainda estava na prisão e decide ir atrás de sua amada. Quando está quase fazendo isso, encontra Tara, que está desolada por ter feito parte de todo esse massacre e destruição. Glenn não quer saber dos motivos ou arrependimentos da moça, mas sabe bem que ela pode ser útil na busca de sua amada. Então ele a faz “engolir o choro” e se juntar a ele na luta. Logo após deixarem a prisão, Glenn, que ainda não está totalmente recuperado de sua gripe, desmaia no meio da luta contra os zumbis, deixando Tara combatendo os poucos que sobraram sozinha. Raivosa, ela cumpre o feito e logo percebe que está sendo observada. Pois é, lá vamos nós conhecer mais personagens: Abraham Ford, Eugene Porter and Rosita Espinosa. Abraham diz para Tara: Você sabe que tem uma grande boca suja, né? O que mais você tem? É minha gente, acharam que essa segunda fase da quarta temporada ia ficar só nos conhecidos? Desgraça pouca é bobagem 😉
Notinhas
– Carol apareceu misteriosa e oportunamente, sem grandes explicações. Estranho, mas quem não estava torcendo para ela aparecer logo, que atire a primeira pedra;
– Vocês lembram dos ratos dissecados? Não? Voltem alguns capítulos. Ok?!? Agora, repararam na pequena Lizzie mexendo nos coelhos e depois a cara e prazer psicopata que ela estava tendo ao “calar”, Judith? Medo, medo, muito medo;
– Tem como ser mais clichê do que esses novos três personagens que chegaram? Sério? Parece que saíram do filme Rambo ou algum outro de luta/guerra dos anos 80 :O