The Walking Dead apresentou um quarto episódio emocionalmente tenso, muito tenso. As emoções se dividiram, fizeram os batimentos cardíacos subirem e as lágrimas caírem. Personagens até então desprezados ou mesmo odiados, fizeram as vezes e fizeram bonito, conseguindo arrancar suspiros.
*Contém Spoilers
T-Dog vinha ganhando espaço, mas continuava apático e Lori que já não era a mais simpática ou querida, estava sendo engolida pelos novos acontecimentos. Um novo Rick, o filho crescendo, uma nova situação e a gravidez a fizeram mais humana, mas não menos cansativa e desinteressante. Porém, quando numa situação extrema, T-Dog é mordido por um errante e se sacrifica para salvar Carol. Já Lori entra em trabalho de parto, na sala das máquinas da prisão e as perspectivas mudam. Personagens para quem nunca torcemos ou nos importamos passam a importar e serem merecedores de nossa torcida. Provavelmente as mortes de Lori e T-Dog não tenham sido lamentadas, mas suas circunstâncias fizeram Killer Within um belíssimo e sofrido episódio.
A cena em que T-Dog se joga entre os errantes para que Carol consiga correr foi bem violenta e, por mais que seu personagem não tivesse tanto valor, fica aquele aperto e aquele pensamento: tadinho, podia ter tido uma morte menos dolorosa. Já a cena do parto de Lori foi uma das coisas mais emocionantes do seriado, principalmente para quem consegue entender e sentir o relacionamento mãe-filho. Ela conversando com Carl, ele vendo o sofrimento e abdicação da mãe, entregando o canivete para que Maggie fizesse o parto que levaria sua mãe para sempre e ainda ter que meter uma bala na cabeça dela para que ela não se transformasse. Foi de tirar o fôlego e estremecer as pernocas. Rick gritou e chorou – apesar de toda a mágoa, ele ainda a amava. Uma coisa é certa, isso mudará todo o cenário e a pergunta que fica é: como será agora?
Enquanto acontecia todo o estresse na prisão, que diga-se de passagem foi causado por um ex prisioneiro raivoso que resolveu soltar os cachorros os zumbis pra cima deles, Michonne tenta convencer a amiga e parceira de viagem de que o melhor para elas é sair daquela comunidade e da vigilância do Governador o quanto antes. Porém isso não será tão fácil quanto ela achava e Andrea provavelmente sucumbirá ao charme do Governador e ficará por lá. Ela sempre teve sérios problemas em não se sentir aceita e tudo o que ela queria era se sentir parte completa de um grupo. O Governador sabe ler bem as pessoas e já percebeu como convencer a moça, fazendo com que ela ache que foi uma decisão sua. Michonne não, essa não será levada na lábia. E se não bastasse tudo isso, ainda temos Merle querendo achar seu irmãozinho. Simplesmente ótimo esse quarto episódio, sem medo de acelerar, os produtores foram fundo e só acertaram. Agora a ansiedade toma conta da semana, na espera pelo próximo episódio. 😉
Notinhas
(com uma pitada de perguntas conspiratórias)
– Quando e como colidirão os dois mundos (Rick x Governador)?
– Michonne já sacou que o pessoal do Governador é que matou aqueles soldados todos, só de ver que os caminhões estavam cravejados de balas. Tem que ser muito esperta mesmo para sobreviver tanto tempo assim praticamente sozinha.
– Conseguirá Michonne sair das garras do Governador? Aposto que não. Os grupos de Rick e do Governador se encontrarão e ela os ajudará contra o governador;
– Merle convencerá Daryl ou o contrário? Ou eles vão se tornar inimigos?
– O grupo de Rick está fraco, será que teremos mais adesões por aí?
– Carl é o garotinho mais traumatizado de todas as séries do mundo. Antes eu achava ele um entojadinho, agora eu até o admiro;
– A atuação de Andrew Lincoln, quando ele recebe a notícia que seu filho veio ao mundo, mas sua esposa morreu, foi excelente. Parabéns.
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