Chocantemente delicioso. Essa é a definição do segundo episódio da quarta temporada de Game of Thrones. Estamos ainda no comecinho da temporada e as emoções já estão borbulhando como água fervendo. Isso não é muita novidade vinda de GoT, porém é sempre bom ver e sentir que a série mantém a mesma qualidade e consegue fazer seus fãs sentirem as mesmas sensações desde o primeiro episódio da primeira temporada.
*Contém Spoilers
O episódio já começou com sadismo e morte. Ramsay Snow, junto com Myranda e seu novo “bichinho de estimação”, Reek (antes conhecido como Theon Greyjoy). De forma bem sádica, ele persegue uma moça e depois de capturá-la, deixa seus cães a devorarem. Porquê? Simplesmente por ela ser bonita e ter despertado um leve ciúmes em Myranda. Após sua caçada ele se encontra com seu papai Roose Bolton, que acaba de chegar com sua nova esposa Walda (neta de Walder Frey). Roose não gosta muito de ver o que seu filho bastardo fez com Theon, mas Ramsay consegue provar para seu pai que realmente “domesticou” Theon e que ele revelou informações importantes, tais como não ter matado Bran Stark e a localização de Jon Snow. Nesse momento, Reek descobre que seu irmão de coração, Robb Stark, está morto e apesar de visivelmente abalado, continuou obediente. Num ato de boa fé, Roose confia a Ramsay a missão de ir conquistar Moat Cailin, com a promessa de transformá-lo em um legítimo Bolton. E Locke vai atrás de Bran e Rickon.
Enquanto isso, além da muralha, Bran, continua em sua jornada e usa suas habilidades como warg, para ver através dos olhos de seu lobo, matar um cervo e se alimentar. Porém é acordado por Hodor e seus companheiros de viagem Jojen e Meera que o lembram que ele não pode deixar essa habilidade dominar seu lado humano. Após um tempo de caminhada, Bran para em uma árvore do Coração e ao encostar nela, tem a visão do corvo de três olhos e diz saber para onde devem continuar a jornada.
Em Dragonstone, Melissandre e Stannis Baratheon fazem uma oferenda aos deuses. Coisa básica, só fazem uma fogueira com algumas pessoas, incluindo seu cunhado. Se não bastasse isso, Lady Selyse’s (esposa de Stannis) pede para Melissandre ir conversar com sua filha, pois ela acha que a menina não é “coisa boa”. É uma fofura de família, né, gente?
E finalmente, em King’s Landing, o clima é de festa, logo mais o rei Joffrey irá se casar. O grande casamento real. Joffrey recebe os presentes e na tentativa, frustada é claro, de fazer com que seu sobrinho se torne um rei melhor, um homem mais culto, Tyrion dá ao rapaz um livro que contém a história da vida de quatro reis (“The Lives of Four Kings”). Logo depois, ele ganha de seu avô uma espada, feita de aço Valiriano. O rei fica muito contente, e para expressar sua alegria, ele pica em pedacinhos o grande livro que seu tio acaba de lhe dar. Realmente, um homem exemplar, esse Joffrey. No entanto, o que realmente preocupa e aborrece Tyrion é perceber que seu pai e sua irmã já descobriram seu caso/amor por Shae. Num ato desesperado para salvar sua amada da maldade, vingança e sadismo de sua irmã Cersei e seu pai Tywin, ele manda-a embora. Com muito pesar, ele toma atitudes drásticas, humilhando a moça, fazendo com que ela fique realmente magoada e aceite partir. Ele poderia ter sido egoísta, pensado só nele e a deixado a sorte, mas não, apesar de ser um Lannister, ele é um homem digno. O casamento acontece e após a cerimônia, estão todos sentados, comendo e Joffrey está tentando se animar com as atrações programadas. Ele, obviamente, humilha os músicos, o bobo da corte e anuncia uma atração preparada por ele. Uma luta bizarra entre anões, fantasiados de alguns candidatos ao trono. Robb Stark, Stannis e até mesmo o ex marido de sua atual esposa, Renly. Ele não poupa esforço para humilhar a todos, causando constrangimento entre os convidados. Mas se engana quem pensa que os caprichos do menino mimado e perverso acabam por aí. Joffrey odeia seu tio, por diversos motivos e sempre que pode, faz de tudo para provocá-lo. Dessa vez, ele cismou que Tyrion deveria ser seu copeiro. Apesar da grande dificuldade em aceitar a situação, Tyrion acaba cedendo aos caprichos do menino. Porém, não é somente seu tio que Joffrey e a família Lannister humilha, maltrata e desdenha. Essa é uma família com muitos inimigos e um deles consegue finalmente fazer algo que todos nós desejamos a cada vez que o reizinho mimado aparecia em cena: matar o rei. Isso mesmo, finalmente o rei Joffrey Lannister Baratheon está morto. Envenenado, olhos esbugalhados e sangue saindo pelas ventas. Mortinho da silva. Levanta a mão quem vibrou, levantou do sofá e fez a dancinha da vitória com a morte do rei o/
Um brinde ao rei Joffrey! Timtim! 😉
Notinhas
– Notamos que a doença mental de Joffrey, em boa parte, vem da mãe, que tão apaixonada pelo irmão Jaime, agora que ele está maneta, não quer mais saber do bonitão. Sem contar que ela se deliciava com o sadismo do filho. Ela merece uma morte lenta e sofrida. Joffrey também merecia, mas, morreu, já está de bom tamanho;
– Falando em Cersei, ela fez questão de mandar dar o resto da comida aos cachorros, contrariando sua recente ex nora. Maldade simples e pura. Além disso, ainda fez uma ceninha de ciúmes com Brienne e depois gritou loucamente que seu irmão era o responsável pela morte de seu filho. Controle passou longe e mandou lembranças;
– Sansa é salva (aparentemente), pelo bobo da corte. Porque será que isso é muito a cara dela? Sério, todos seus irmãos mais novos, são mais inteligentes e sagazes do que ela. Não é possível que após todo esse tempo em King’s Landing e depois de tudo que ela passou, continue tão babaca;
– Quem será o rei, agora? Tommen? Aquele mulecote bobalhão?
– E por fim, só pra gente ficar um pouco mais feliz. Tão gostoso ver Cersei e seu papai, se fazendo em cima de Oberyn e ele lembrando a família querida que a pequena Myrcella está vivendo em suas terras.