Will e sua namorada Kira estão a caminho de um jantar na casa de sua ex mulher Eden e seu atual marido David. As coisas já estão tensas e para ajudar eles atropelam um coiote no meio do caminho. Chegando lá, praticamente todos os convidados já chegaram e a atmosfera de desconforto paira no ar. Esse filme já estava em minha lista do Netflix, mas havia me esquecido dele e por sorte meu amigo e leitor, Leandro, comentou sobre ele aqui no site. Aguçada com a indicação, dei prioridade à ele na lista, ainda bem.
Desde o início, a atmosfera criada é de mistério, de desconforto. Não existem cenas chocantes, não existe gore, não espere por tripas ou sustos, não é isso que dá forma ao filme. É o subjetivo, aquilo que está transparente no rosto dos personagens mas não é falado, em diversos momentos você sente o desconforto. Praticamente todo o filme é implícito, até os momentos finais, que você descobre que a coisa era muito maior do que imaginava. O filme te conta que se trata de uma espécie de seita, mas não te mostra muita coisa sobre essa tal seita. Qual o tamanho ou mesmo o nome do tal culto, aliás não se sabe qual é a filosofia e o que eles almejam, além, claro de garimpar seguidores, mas isso é básico de todo culto, seita, religião e afins. A sacada do filme é que mexe com coisas totalmente reais, que acontecem diariamente e que não estão só no imaginário ou nas lendas urbanas. Trabalha com a dor da perda e como cada um reage. Trabalha com a fragilidade e como isso pode ser aproveitado tanto de forma positiva quanto perversa.
The Invitation é um pouco lento e talvez pudesse ser um pouco mais curto, mas é um bom triller.
Notinhas
- O filme é uma produção independente e foi feito com total controle criativo por parte dos diretores e escritores, nenhum estúdio grande teve envolvimento;
- Se você é pai ou mãe, dificilmente conseguirá se afastar totalmente do drama vivido pelo casal.
Pingback: Leandro Merce
Pingback: Mônica Martins