E como sempre o nono episódio de Game of Thrones abalou as estruturas. Teve a cena mais fofa e a mais escrota de toda a temporada, talvez até de todas as temporadas. Muitos reclamaram que essa temporada estava morna, mediana. Então, resolveram mexer com o público em dose dupla. Começou com o oitavo episódio e seus zumbis albinos, terminando com cenas de cortar e arrepiar o coração no nono/penúltimo episódio.
*Contém Spoilers
Lá em Braavos, Arya faz uma descoberta perturbadora sobre um de seus grandes desafetos. Quando ela estava a caminho da barraca do negociante magrelo, seu alvo, ela avista Mace Tyrell e Meryn Trant chegando para negociar com o Iron Bank. Lógico que nesse momento ela deixa pra lá sua missão e segue Trant, que tem como destino final um bordel. Porém, ele está ali procurando por um tipo bem específico de fêmea, aquelas que dizemos “mal saiu das fraldas”. Pois é, Sir Meryn Trant é pedófilo. Se Arya for esperta e ela já mostrou ser, usará isso a seu favor ou melhor, em favor de sua vingança. E por falar em crianças, esse definitivamente não foi um episódio muito bom para elas. Lá no norte, Stannis fez todos que estavam começando a simpatizar com ele relembrarem porque não gostavam dele. E não só isso, criou uma legião de “odiadores”. Não tem como não odiar, abominar, querer torturar um homem que queima viva a própria filha para um tal deus que vai lhe dar poder em troca. Sério, ele conseguiu fazer a Cersei parecer ser uma boa mãe. Você espera que no minuto final ele não vai fazer aquilo, que parece que vai acontecer mas não vai, que ele está bolando um plano. Não é possível, meu coração não quer acreditar naquilo que meus olhos vêem. E não é um filho sádico, narcisista, estilo Joffrey, que ainda assim, seria complicado aceitar. É muito pior, é uma menina fofa, que já sofreu muito por conta de uma doença que a deixou fisicamente marcada. Uma menina meiga, que ensinou um velhote a ler, que tudo que ela queria era poder ajudar seu papai. Stannis Baratheon, que sua morte seja lenta, bem lenta e absurdamente dolorosa.
Acabou? Não, lógico que não. As coisas estão momentaneamente calmas na muralha. Jon chega com os Selvagens, que estão lá meio a contragosto, desconfortáveis com a situação, mas sem muito o que poder fazer. Por outro lado o sentimento é recíproco, os companheiros de Jon da Night’s Watch também não gostam da situação, mas acabam aceitando. Lá em Dorne as coisas também se ajeitam. Jaime recebe o perdão de Doran Martell, após explicar que foi lá buscar a sobrinha por conta de uma ameaça que receberam em King’s Landing. Doran deixa Jaime levar Myrcella com a condição de que Trystane vá junto e que o acordo entre as famílias permaneça, que o rapaz ocupe o posto que era de Oberyn no Pequeno Conselho. Até então tudo calmo, mas ainda não fomos para Meereen e é pra lá que vamos no final do nono episódio.
Daenerys está linda, sentada ao lado de seu futuro e paspalho marido, tendo também ao seu lado sua fiel escudeira e Tyrion, seu mais novo conselheiro. Ah! o amante/guerreiro/protetor também está por perto. Tudo isso na abertura da Arena de Lutas. Todo o povo está lá, as lutas começam, Danny descobre que Jorah está ali, lutando por ela, pra ela. Até que um bando de Filhos da Hárpia resolvem tumultuar tudo. Num plano bem sanguinário, eles matam todos que cruzam seu caminho, para conseguirem chegar até a rainha Daenerys e obviamente, matá-la também. Quem percebe a movimentação inicial é Jorah, que consegue matar um inimigo que se aproximava de Dany no palco. Após isso os Filhos da Hárpia se revelam e a matança começa. Jorah e Tyrion tentam tirar a rainha e Missandei da arena, mas seu plano de fuga acaba dando errado e eles acabam cercados no meio da arena. Sem esperanças, a mãe dos dragões fecha seus olhos e respira profundamente, quase aceitando seu destino. Eis que nesse momento, seu filho chega e mostra para todos porque ela é a Mãe dos Dragões. Drogon ataca todos que se mostram uma ameaça à sua mãe, mas acaba sendo atingido por alguns arpões. Sua mãe corre em seu socorro e num ato maternal, sobe em suas costas e foge voando com seu filhinho. Uma cena não tão bem feita em termos de computação gráfica, mas, totalmente tocante no quesito sensacionalmente tocante. Não foi só uma situação fofa de mãe e filho, foi uma situação fantástica, aquele bichão enorme, defendendo sua mãe, botando fogo na galera e no final eles saem de cena voando. Pára tudo. Quem não quer um defensor desses? E que venha o último episódio 🙁
Notinhas
– Não consigo deixar de sentir ódio do Stannis. Retiro tudo de bom que eu disse dele em algum momento em algum post anterior;
– Ellaria dando lição sobre amor livre ao Jaime. Deixa ela saber o que tá rolando lá em King’s Landing;
– As filhas do Oberyn são tão malucas quanto o pai e a mãe/madrasta;
– Já que Missandei não pode ter um caso com o moreno chefe dos Imaculados, afinal, ele é eunuco, ela bem que podia ter um caso com Tyrion. Acho que combinam;
– Só Drogon apareceu pra defender a mãe. O filho rebelde ao colo de mamãe retorna. E se não fosse pelo rebeldezinho, heim? heim?
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