The Walking Dead: Hostiles and Calamites (s07e11)

E nesse episódio, descansamos um pouco o pensamento sobre a guerra eminente, sobre as comunidades que vão se aliar, se vão, como vão. Tivemos uma episódio calmo, focado no pensamento lógico, naquele que raciocina para viver. Ele não luta, ele não mata, ele é um super covarde assumido, porém, está vivo até agora e crescendo cada vez um tantinho mais, justamente por ser um cara inteligente e muito racional. Ele tem um raciocínio rápido, diferente, mas sabe fazer com que aqueles que lutam e matam o protejam. E ele nem precisa pedir por isso diretamente. Estamos falando de Eugene, aquele cabeludo com corte estilo anos oitenta, que no começo nos fez acreditar que era um cientista importante do governo, que tinha informações primordiais e super secretas sobre a pandemia, lembram? Isso foi na quarta temporada no episódio “Claimed”. Desde então, Eugene está entre nós, com aquele jeitão estranho, calado, medroso, mas muito esperto. Em Hostiles and Calamites, vimos um pouco mais dessa esperteza e não nos decepcionou.

*Contém Spoilers

Alguns podem se sentir traídos, sentirem que Eugene traiu seus amigos, aqueles que sempre o protegeram, o fato é que você apostou as fichas no cara errado. Eugene sempre foi assim e sempre deixou claro ser assim. Negan tem razão quando diz que Rick foi burro por não ter aproveitado mais as habilidades de Eugene, ele foi esperto e ele sabe que o cara estará ao lado de quem o proteger. Sendo assim, ele só aproveitou a oportunidade e pegou mais uma “vantagem” para seu grupo. O fato é que as pessoas sempre subestimaram Eugene, nunca ligaram para o nerd caladão. Rosita se aproveitou um pouco disso, mas muito impulsiva, não soube avaliar o real potencial daquilo tudo. Seja como for, agora Eugene está entre os Salvadores e já se declarou um “Negan”. Rapidamente avaliou as vantagens e como não saberia fazer de outra forma, se juntou ao grupo e irá tirar o maior proveito possível disso. E arrisco dizer que ele conseguirá até mais vantagens ali do que conseguia com o grupo antigo. Obviamente essas vantagens todas tem um preço bem alto e se ele não pagar em dia, Negan cobrará os dividendos sem piedade. Sabendo muito bem disso, ele se recusa a ajudar as esposas de Negan com a pílula da morte (já falei que matar Negan não é tão difícil). Escolha esperta, pois qualquer coisa, qualquer mínima coisa que desse errado, ele seria automaticamente apontado como culpado. E lá está ele, vivendo com os Salvadores entre picles e joguinhos de vídeo game.

Ah! Tivemos Dwight, onde vimos que ele ainda é apaixonado pela ex mulher (já sabíamos disso, amigos), que ele não gosta muito do Negan, na verdade e só está fazendo o possível por si e pela amada (já sabíamos disso também), que foi ela quem ajudou Daryl (já desconfiávamos disso). Enfim, nada muito interessante. Só a morte do doutô é que foi um pouco emocionante e ajudou a mostrar pra Eugene, que lá o bicho pega. Aliás, quando Daryl estava lá, por coincidência também rolou alguma coisa na qual o chefão pode mostrar seu poder. Pois bem, dançou Rick, podia ter elabora um plano mais estratégico e ter utilizado da inteligência dos seus colegas ao invés de ficar só na brutalidade, guerra, sangue. Agora perdeu um membro importante na luta. Vamos ver como será essa guerra, porque nem sempre é necessário quantidade, muitas vezes, qualidade conta muito mais.

Notinhas

  • As mulheres do Negan são bem corajosas de confiarem em Eugene sem conhecê-lo direito. Tá certo que ele aparenta ser um cara confiável, mas, como diria mamãe – as aparências enganam;
  • A historinha que Dwight contou ao Negan, colocando a culpa no médico foi tão fraquinha. Me admira um cara que conseguiu construir um império daqueles, tão desconfiado de tudo e todos, ter confiado tão de cara;
  • Teremos um Dwight do lado oposto quando a guerra começar de fato? E a ex mulher, será que aparecerá em Alexadria? Ela ajudou Daryl, nada mais justo que peça ajuda a ele, agora.

 

  • “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.”

    Nota: Frase proferida por Leon C. Megginson, professor da Louisiana State University, num discurso em 1963, onde apresenta a sua interpretação da ideia central de “A Origem das Espécies” de Charles Darwin.

    Nota2: A origem exata dessa frase já foi atribuída a algumas pessoas, inclusive, mais popularmente à Charles Darwin. Portanto, numa rápida busca nota-se que o mais provável é que ela tenha sido proferida mesmo, pelo professor Leon C. Megginson.

  • Só para satisfazer um pouco a curiosidade: http://quoteinvestigator.com/tag/leon-c-megginson/ – http://darwin.bio.br/dnacetico/?p=151

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