Minha gente o que foi esse quarto episódio de The Walking Dead? Foi um episódio inteligente sem ser piegas e visceral ao mesmo tempo. Cada cena despertava um sentimento, tudo isso delicadamente montando o terrível momento final. Aquele que sabíamos que iria acontecer, mas que sempre mexe com a gente quando está na nossa frente. Seja de um personagem, seja de um parente muito idoso a morte sempre causa incômodo, tristeza na maioria das vezes e uma sensação de falta de controle. E a realidade é que realmente não temos o controle que achamos ter da vida e a morte chega para nos esfregar isso na cara.
*Contém Spoilers
Começamos o episódio com a vida dupla de Michonne, de dia mamãe, amiga e “prefeita” de Alexandria e a noite uma assassina de zumbis. Essa cede por fazer algo fora, algo que fuja da rotina, que cause algum tipo de excitação é absolutamente compreensível, se você tem filhos vai compreender ainda mais. E é justamente essa situação que faz Negan se aproveitar da rara presença de Michonne em sua cela para iniciar uma conversa filosófica e que obviamente tem o intuito de fazer com que Michonne o entenda e ache justificável suas atitudes, fazendo com que ela ache que afinal de contas não é tão diferente assim de seu inimigo. Mas como é que Negan de dentro de sua cela sabe tanto a ponto de usar a greve de fome como estratégia para fazer Michonne descer lá e ele poder iniciar seu discurso? Bem estranho Negan ser tão articulado e bem informado mesmo estando preso longe de tudo e todos a meses.
Falando em mamães e seus sentimentos, as mamães de The Walking Dead botam pra quebrar. Outra que está com os sentimentos na garganta é Maggie, que depois do que viu e ouviu das garotas de Oceanside no episódio passado, resolveu não esperar mais e cortar o mal pela raíz. Para isso ela conta com a ajuda de Daryl e de outras pessoas, para que Michonne não fique sabendo de sua ida até Alexandria para eliminar de uma vez por todas Negan. Obviamente que Rick fica putaço, tenta impedir e é impedido por Daryl. Acabam num buraco e lá finalmente resolvem suas desavenças, mas o clima é interrompido por tiros que vêem do acampamento.
Lá no acampamento Carol foi encurralada por um grupo de Salvadores que querem vingança, mas Carol é Carol, sai da mira e a coisa começa a virar uma batalha. E é por isso que Daryl e Rick fazem de tudo para sair do buraco que se meteram e irem ajudar seus companheiros. Eles saem mas o barulho atraiu muitos zumbis e alguém tem que distrair aquela horda. Rick se propõe a isso e Daryl vai reforçar o team Carol. Problema é que Rick tá ali sozinho, só com um cavalo de companheiro e são muitos zumbis. Rick cai do cavalo, literalmente e justamente em cima de uma viga. Agora sabemos como Rick vai morrer no próximo que já tinha sido anunciado que seria o último de Rick Grimes. Embora tudo até o momento nessa nona temporada tenha sido construído para o momento da despedida e para que a ausência de Rick seja sentida o mínimo possível, ainda assim a gente vai sentir. Olha, vai passar, especialmente se continuarem com a boa qualidade dos episódios, mas vamos sentir, estranhar e quem sabe até chorar um pouquinho, afinal são oito anos em sua companhia.
Notinhas
- Ah! Tivemos Jadis/Anne/Garota do lixão com o Padre Gabriel, mas nada muito relevante. Ela não teve coragem de matar o padreco – eita que tem uma sorte que to começando a acreditar que Deus tá do lado dele, porque olha… – Aliás achei que ela tinha que levar Gabriel vivo, mas daí ele tá lá amarrado com um zumbi prestes a se alimentar. Sei lá. O fato é que ela não teve coragem;
- Michonne está grávida de Rick, anote aí;
- Será que alguém chegará a tempo de encontrar Rick vivo, ainda? Não pareceu muito plausível, porém se Daryl se arrependeu no meio do caminho e voltou, pode ser. Teremos um quinto episódio com bastante flashback, provavelmente veremos cenas que nem nos lembrávamos mais. Provavelmente será assim e vai ser bom ter esse momento saudosista.