The Walking Dead – The Lost And The Plunderers/Dead Or Alive Or (s08e10/11)

 

Depois de um começo bastante emocional é hora de The Walking Dead voltar às batalhas e nos explicar o que está acontecendo. A morte de Carl é sentida por todos, mas, não dá pra tirar alguns dias de luto, nem mesmo algumas horas. Vida que segue. E nessa, pode ser que a morte de Carl não seja apenas mais uma perda dolorosa pra todos, talvez ele consiga deixar um legado, uma vez que transitou por todos os lados. Como isso será explorado, veremos ao longo da temporada e espero realmente que saibam aproveitar “a deixa” e não usem somente para um ou outro momento “auto ajuda”, como sabemos bem que show adora fazer. Prometeram algumas mudanças, que elas realmente venham.

Tivemos já dois episódios e nele vimos em que pé estão alguns personagens que não apareceram no retorno e que são importantes para a trama, nem todos, lógico, mas estão ali vivos, então ao menos têm que servir pra alguma coisa, nem que seja para aqueles momentos de preguiça da produção.

[spoiler]

Em The Lost and the Plunderers, episódio 10, tivemos a dança de cenas que transitaram entre o Lixão, Oceanside, Rick/Michonne e Negan. Primeiro vimos Rick chegando no Lixão e percebendo que algo ali estava complicado, logo em seguida descobrimos porque. Negan pede que Simon vá até o pessoal do Lixão para tê-los de volta como aliados. Simon fica irritadíssimo com isso, mas, resolve fazer o bom cão de guarda e seguir as ordens do dono. Porém, com um instinto feroz, Simon elimina – para nossa alegria – a galera inteira do Lixão, deixando apenas Jadis, a líder, viva. E é isso que Rick e Michonne descobrem da pior maneira possível. A líder dos agora zumbis recicláveis, tenta convencer Rick com apelos psicológicos e pela primeira vez conseguimos sentir algo pena personagem, que não raiva ou indiferença. Ela mostra um lado humano, ainda não explorados e foi bem interessante saber como aquela maluquice de viver no meio dos entulhos começou. Embora ainda não explique porque viraram serem robóticos.

Seja como for, Rick nega ajudar Jadis. Não faz nada para prejudicá-la, porém, nada faz para ajudá-la, dizendo estar cansado dos joguinhos dela. Ele tem razão e ela agora tem mais motivos ainda para querer se vingar dos dois lados. Enquanto isso, temos o caso Aaron/Enid em Oceanside. Muito blablabla e nada de novo no front. A agora líder das meninas liberam os dois, mas dizem que não vão tomar partido, como já haviam dito antes. Aliás, se elas estavam sem armamento e já tinham deixado bem claro que não iriam ajudar, porque diabos esses dois foi pra lá? Se ainda fosse algum personagem com grande poder de persuasão, beleza, mas não, mandaram duas abobrinhas que nada fizeram a não ser lambança.

E fechamos o episódio com uma conversinha por walkie-talkie entre Rick e Negan. O líder dos Salvadores fica sabendo da morte de Carl e nitidamente sente a notícia, mas isso não impede as juras de amor ódio entre os dois líderes rivais. Vou te matar, se entregue, você perdeu e por aí vai.

Foi um bom episódio, seguido por Dead Or Alive Or, 11 episódio. Aqui já vemos mais ação dos grupos e dos zumbis, também. Vamos começar por Hilltop que está funcionando, ainda, mas quase indo a falência. Estão praticamente sem comida e não para de chegar gente, sem contar os prisioneiros, que sabe-se lá porque ainda estão ali – não é a toa que a barriga de Maggie não cresce nunca – E falando em gente que não para de chegar, Daryl está a caminho com uma galera para reforçar o couro e deixar as coisas melhores de um lado e bem piores de outro. Mas para chegar lá ele e o grupo tem que lidar com os temperos de Tara, que já cansamos de ouvir, não gosta de Dwight, não aceita ele ali e não é inteligente o suficiente para ver que a presença dele é estratégica e até bastante importante. Tanto que o caminho escolhido é indicado pelo ex Salvador. Ir pelo Pântano não é a coisa mais fácil e agradável do mundo, porém é o que temos pra hoje. Nessa saga desesperada e burra de matar Dwight, eles acabam quase sendo pegos por um pessoal dos Salvadores. Um pequeno grupo foi dar uma checada nos pântanos, só pra desencargo de consciência e para ajudar o pessoal de Rick, Dwight – que acabava de afirmar categoricamente que odiava Negan e não era um Salvador – sai de onde está escondido com Tara. Ele diz que conseguiu se fugir e estava a noite inteira caminhando e bem, foi fácil convencer os “colegas”. Nesse momento Tara parece perceber que talvez, ele realmente esteja sendo sincero. Sério, Tara, meu, você era do time do Governador, se tem alguém que deveria muito bem saber entender esse tipo de coisa, esse alguém é você, amiga.

Falando em gente chata e enfadonha, tivemos Padreco Gabriel nesse episódio e adivinha? Isso mesmo, ele conseguiu continuar fazendo caquinha (pra não escrever outra coisa). Pouco ajudou e o que ajudou o Dr. Carson, não adiantou nada porque os Salvadores apareceram, aliás, eles parecem baratas em noite de calor, estão em todos os cantos e são aos montes. Padre Gabriel está podre, quase cego, mas eles precisavam chegar de qualquer jeito a Hilltop porque Maggie precisa de um médico. Agora me respondam uma coisa, porque Maggie precisa desesperadamente de um médico????? Não ela não precisa, ela está bem, aliás, nem parece que está grávida – A-HA! – pode perfeitamente ter o filho sozinha, assim como milhares de mulheres fizeram e ainda fazem. Judith mesmo nasceu sem um médico e numa situação bem mais complexa, então, parem de encher o saco com isso. Bom, o médico tá morto e o padreco vai voltar para os braços de Satã, digo, Negan.

Tem um ditado popular que diz que quem tem c* tem medo. Pois é assim que está Eugene com a possibilidade de retorno de Padre Gabriel e Dr. Carson, coisa que acontece no finalzinho do episódio. Enquanto isso ele está lá bancando o mega durão fazedor de balas que vão salvar toda a comunidade e quiçá o mundo. Até gosto do Eugene, acho esse lance de autopreservação dele misturado com sua inteligência e covardia uma mistura bem interessante, mas já está cansando um pouco.

Basicamente é isso que tivemos no último episódio que foi ao ar. Os dois episódios pós morte de Carl foram até que bons, aliás essa segunda metade da oitava temporada vem sendo melhor do que a primeira metade. Que continue assim e só melhore. Bastante coisa ainda para ser explorada, espero que não enrolem e deixe para os dois últimos episódios um monte de coisa e daí fica aquela montueira descontrolada.

Notinhas

  • Steve Oggi (Simon) é um baita ator e ele no papel de vilão está sensacional;
  • A cena de Jadis tendo que “triturar” todos seus companheiros foi bem tensa, pesada e triste;
  • Alguém compra uma almofada e coloca por baixo da camisa de Maggie, que já tá ficando feio essa falta de barriga;
  • Alguém consegue enxergar Rick e Negan amiguinhos? Bem difícil, mas interessante, não? Quem sabe não apareça um oponente em comum, muito pior que os dois e eles precisem se juntar. Tá, viajei.

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