The Walking Dead: The Cell/Service (s07e03/04)

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A review dessa semana é dupla, uma vez que semana passada não saiu a review do terceiro episódio (The Cell) de TWD. Tivemos dois episódios bem no ritmo e estilo do que a série vem apresentando. Nenhuma grande revelação ou ação, apenas apresentação das bases de algumas tramas. Essas interrupções nos grandes episódios, naquilo que realmente deixa o espectador com o coração na boca, incomodam, mas já fazem parte do estilo do seriado, dificilmente os produtores mudarão isso. The Walking Dead poderia ter uma trama mais ágil, talvez num estilo parecido com How to get away with murder, mas não é o foco dos produtores, eles estabeleceram essa apresentação prolongada de cada personagem chave e assim o farão sempre.

*Contém Spoilers

Em The Cell isso ficou, mais uma vez, muito claro. Tivemos um episódio inteiro para conhecer o QG do Negan e como estava sendo a vida de Daryl desde que foi feito de refém. Além disso, conhecemos um pouco da história de um dos principais homens de Negan, Dwight. Fora isso, pouco foi apresentado. Todos são Negan, porque ele é o maioral, ele é quem manda e desmanda, ele é o chefão, ele é o deus todo poderoso daquela tribo. Ok! Já havíamos percebido isso. O que poderia ter sido mostrado com mais detalhes é como ele consegue tudo isso, afinal, não é somente na base da violência, não pode ser. E não pode ser pelo simples motivo que um motim matava Negan e libertaria todos dessa vida de opressão. O fator é mais psicológico e isso a série explorou pouco até agora. Essa característica de como Negan consegue fazer com que todos sejam seus carneirinhos. A tortura que ele faz com Daryl e que fez com Dwight é um pequeno exemplo, mas fraco para todo seu poder. E percebemos isso quando um dos “moradores” do QG de Negan foge e prefere morrer ao invés de voltar. Ora, se isso acontece com ele, muito provavelmente acontece com vários outros. Então eles não podiam armar uma revolta e se rebelarem? Esse é o ponto. Porque não o fazem?

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E falando em se rebelar contra Negan, Service mostra mais uma vez esse poder de Negan. Rick ficou com Lucille o tempo todo, poderia facilmente ter esmagado a cabeça de Negan e com isso seus campanheiros iriam atrás e pronto, estavam livres. Obviamente algumas pessoas morreriam, mas a maioria estaria livre. E não só os moradores de Alexandria, como os Salvadores. No caso de Rick, o buraco é mais embaixo e muito mais recente. No final ele acaba explicando um pouco isso. Ele não quer mais se sentir responsável pela morte de ninguém como se preocupa com seus filhos. Apesar de todo o discurso, sabemos que isso não irá durar muito tempo. Rick não conseguirá ser capacho de Negan por tanto tempo e logo surgirá um plano de vingança. Poderiam fazer ou já terem feito o mesmo as pessoas que sobrevivem sob o comando de Negan. O fato é que a história da vida, nossas vidas, vida real, é cheia de líderes crápulas, que comandam apenas com o poder do intimidação, do medo. O problema é os produtores não conseguirem mostrar exatamente isso, mesmo tendo dedicado sessenta minutos para isso. Aliás, mais que sessenta minutos, pois The Cell, apesar de focar em Daryl, de certa forma, também poderia ter abordado isso. Talvez tenham tentado, mas ainda assim, ficou solto demais, não conseguiram pegar o “tom”. Já estamos acostumados com esse oceano cheio de marés altas e baixas que é The Walking Dead. Isso não faz o show ser menos amado, só criticamos porque realmente pode melhorar. Agora é esperar o grande momento que Rick conhece Ezequiel e ver qual será a química e o plano de ambos.

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Notinhas

  • Finalmente o padre serviu para alguma coisa. A sacada de dizer que Maggie estava morta foi muito boa;
  • Rick falando sobre Lori, Shane e Judith, foi tocante e muito adequado para o momento. Ponto positivo para os produtores. Fica mais fácil se colocar no lugar dele e aceitar essa “baixada de bola”. Nós gostamos de Rick, mas que ele estava muito arrogante, isso estava e em partes, toda essa confusão é culpa dele. Poderiam e deveriam ter analisado melhor, ouvido mais os moradores de Hilltop, antes de travarem uma batalha contra os Salvadores. Eles não sabiam nada dos caras e não deram a devida importância para o que foi dito. Acharam que conseguiam eliminar e controlar tudo e todos. Deu no que deu. Como disse no post anterior, repito aqui: A vingança é um prato que se come frio e bem temperado (vide Ezequiel);
  • Rick vai ter bastante trabalho para controlar a situação com seus companheiros. Agora, mais do que nunca, ele terá que ser sábio ao invés de forte;
  • Será que Dwight será um aliado de Daryl? Parece que tem futuro. Vamos guardar essa ideia;
  • A ex mulher do Dwight, atual de Negan, falou diversas vezes para Daryl do que Negan é capaz. Poderia ter exemplificado, né queridinha?
  • Alguém viu a Tara por aí? Por acaso ela já sabe que sua namorada morreu?
  • Michonne mais uma vez brilhou. Ela quer vingança, mas consegue ser fria e ouvir ao invés de chegar chutando portas. E pode apostar que ela terá, ainda mais depois de ver os colchões queimados. Ela já sacou que eles não precisavam daquilo, que aquele papinho de “sou um homem justo”, não passa de mais uma forma de ser manipulador;

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  • “Não sei, pergunta lá no Posto Ipiranga”

 

 

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