Misfits é mais uma agradável surpresa britânica. A série é sobre super poderes, uma espécie de liga de super-heróis, e é justamente nesse ponto que ela surpreende bastante, pois foge quase que completamente do tradicional, ele não tem praticamente nada de Heroes ou Smallville, a não ser pelo fato de que quem possui os tais poderes, em muitas vezes questionam o por que de os terem adquiridos e qual a melhor forma de utilização destes poderes.
A série narra a vida de cinco jovens que se conhecem no centro comunitário onde terão que prestar serviços (por motivos variados de infrações). Logo no primeiro dia uma estranha tempestade cai sobre a cidade e os atinge. Desse momento em diante, nada mais será como antes na vida deles. Os novos adolescentes super poderosos são:
- Nathan – o mais boca suja, só pensa em sexo e só fala besteiras;
- Curtis – o mais correto, ex atleta;
- Simon – o mais inteligente, pode ser considerado o nerd. Tem um olhar de psicopata;
- Alisha – bonita, sexy e vulgar;
- Kelly – é durona e tem um sotaque bem estranho. Parece ser sapatão, mas não é.
O que mais agrada em Misfits é como ela retrata os adolescentes, de forma nua e crua, sem a maquiagem exagerada e irreal colocada pela maioria das séries americanas. Eles são desajustados, falam abertamente sobre drogas e sexo e tudo isso com a utilização de muito palavrão. Diferente dos super heróis bonzinhos que pensam em salvar o mundo dos vilões, em Misfits eles querem saber o que podem fazer para que esses poderes beneficiem quem os mais interessam: eles mesmos.
Misfits tem uma narrativa original, personagens diferentes, engraçados, desajustados e totalmente cativantes, além de fugir dos cenários e shows de efeitos especiais batidos. Infelizmente a série (com terceira temporada anunciada), que é transmitida pelo canal inglês E4 ainda não passa no Brasil e não tem data prevista de início.
Se gosta de fugir dos clichês, gosta de histórias de super-heróis e não se importa com linguagem chula, Misfits é mais do que recomendado. Assista e se divirta 😀
Notinhas:
O cenário britânico sempre me encanta, seja ele da periferia ou da alta sociedade;
A cena de Kelly com seu cachorro logo após ela adquirir seu poder é ótima;
Nathan é o tipo de personagem que você ama e odeia ao mesmo tempo;
Apesar do olhar de Simon causar muito medo, quando ele passa a mão sobre o cabelo (tique nervoso dele), dá vontade de pegar no colo e cuidar;
Eu não gostaria de ter o poder de Alisha;
O trilha sonora é bem legal, a começar pela abertura.
Aguardando a terceira temporada.