O segundo episódio da temporada manteve o ritmo da premiere: lento e explicativo, situando cada personagem para o que está por vir. Os telespectadores podem se sentirem um pouco frustados com essa aparente lentidão, sentimento semelhante assola alguns fãs de TWD, também, mas há de se entender que apesar de ser um seriado cuja temática é uma disputa, estamos falando da disputa de um reinado e não se consegue ser o rei todo poderoso só na base da guerra física. As disputas psicológicas e as estratégias são partes importantíssimas, às vezes muito mais do que qualquer batalha campal. Outra coisa que não se pode deixar de lado é complexidade da situação. Não se trata apenas de substituir um rei morto ou eleger um novo comandante, o trono de ferro é disputado por várias famílias que em determinados momentos e circunstâncias foram aliadas, que possuem passados entrelaçados e tudo isso na base do merecimento, do pertencimento e da troca/conquista de aliados e egos.
*Contém Spoilers
Infelizmente, esse episódio pecou em se alongar em alguns pormenores e deixar grandes decisões mais corridas, como foi o caso da escolha de Jon Snow para o comando da Night’s Watch. O Sam fez um discurso bonito, mas dificilmente apenas o discursinho bonito do amigo convence um grande número de pessoas a dar um cargo tão importante a um novato. É preciso muita articulação antes disso e pelo voto de minerva percebemos que isso ocorreu, apenas não nos foi mostrado. Enquanto Jon está começando a ter o merecido reconhecimento, Brienne está se perdendo pelos caminhos da servidão. Após ser descartada por Arya, ela encontra Sansa e vai lá novamente relatar sua missão e oferecer seus serviços. Novamente é descartada e quase é feita de “refém”, mas consegue escapar e demostra ao seu seguidor Podrick, toda sua preocupação em deixar Sansa nas mãos do Mindinho. Outra que está se perdendo pelo caminho é a linda mãe dos dragões. Após ter dominado Meereen e libertado os escravos, ela lida com a revolta de alguns e em sua busca por justiça acaba causando mais confusão do que já estava ocorrendo. Daenerys é filha do Mad King e não quer ter um reinado de insanidades como seu pai teve, porém, nem sempre as coisas saem como se quer.
Enquanto isso, em King’s Landing, Cersei recebe ameaças vindas de Dorne. Aliás, a viúva de Oberyn está muito fula da vida. A Lannister mãe recorre ao seu amante irmão, Jaime, que como tem demostrado até aqui nessa temporada não passa de um pau mandado, para cuidar deste assunto e é atendida de imediato. Mas somente Jaime está nessa disposição toda com Cersei, ela se encontra com os conselheiros para nomear alguns para cargos importantes, incluindo seu tio Kevan como Master of War, que por sua vez nega o convite e resumidamente diz que ela não manda patavinas e que não passa de uma mãe importante, dos reis ou futuro, no caso. Mas nem todas as mulheres do seriado estão se dando mal. A mais novinha, Arya Stark, finalmente chegou em Braavos e vai logo bater na porta da Casa do Michael Jackson Preto e Branco. A princípio não é muito bem recebida, fica frustada contando os nomes de seus inimigos, até cansar e jogar a moeda que seu protetor Jaqen H’ghar, lhe deu. Cansada ela vai dar uma voltinha na cidade e logo é confrontada por uns rapazes. Assim que se prepara para lutar, quem aparece? O tal porteiro da Casa do Preto e Branco que lhe tratou mal no dia anterior. Ele lhe devolve a moeda jogada ao mar por ela e revela sua verdadeira identidade, seu amigo e protetor Jaqen H’ghar e assim eles adentram a casa. É, parece que finalmente o jogo está virando para melhor para algum Stark.
Notinhas
– Decepcionada com Jaime. Poxa, Jaiminho, esperava mais hombridade de sua parte;
– Tyrion está começando a retomar a forma, vai demorar um poquinho, mas ele chega lá;
– Brienne, larga os bets e vai curtir a vida selvagem ao lado de Podrick;
– Sansa e Littlefinger, par perfeito.