Game of Thrones – The Dragon and The Wolf (s07e07)

E chegamos aos finalmentes da sétima temporada de Game of Thrones. Foi uma jornada e tanto, com mais baixos do que estamos acostumados e ao mesmo tempo com os altos que sempre esperamos deste seriado. Ao longo de toda temporada tivemos muitos reencontros e pelo menos os deste episódio foram muito bem executados. Ficamos também com a sensação de que a temporada seria ainda melhor se tivesse os tradicionais 10 episódios – algumas histórias ficaram meio atropeladas ou sem contexto, seria melhor se pudessem ser tratadas com mais calma.

Mas este foi um episódio que tem tudo o que de melhor há no universo de Game of Thrones: efeitos realmente especiais, diálogos sensacionais, atuações espetaculares, artimanhas, reviravoltas, a morte de personagens importantes e até bunda de fora.

Agora chega de enrolação, vamos logo à review de hoje!

*Contém Spoilers

Tudo começa com o esperado Encontro de Líderes de Westeros. Mas antes do pessoal se encontrar, uma pequena demonstração de força das tropas de Daenerys: a rigidez, estrutura e máquina de guerra dos Unsullied em formação e logo depois a bárbara chegada dos Dothraki, ensandecidos e mortíferos. Jaime e Bronn, do alto dos muros do castelo, se impressionam com tudo aquilo, ainda mais já tendo visto essas forças em ação antes.

A não menos impressionante frota de Euron Greyjoy abre caminho para a chegada da entourage de Daenerys, que aporta e seus principais aliados desembarcam e logo começa a sessão reencontros:

Tyrion e Pod – mestre e escudeiros originais nessa história, que compartilharam muitos momentos importantes um do outro, genuinamente felizes um pelo outro e também porque agora poderão lutar lado a lado novamente. Depois Bronn chega, e o trio Los Angeles fica completo e depois de algumas caçoadas de lado a lado, Tyrion pergunta para Bronn se ele não quer mudar de lado e Bronn deixa aberta a porta para trair seu amigo. Tyrion o compreende, apesar de meio temeroso, e fica orgulhoso de ver a evolução de seus dois pupilos.

O Cão e Brienne – depois de uma troca de olhares surpresos entre os dois, eles fazem as pazes ao chegarem à conclusão de que os objetivos dos dois sempre foi o mesmo, proteger as irmãs Stark. Brienne consegue até mesmo arrancar um sorriso orgulhoso d’O Cão ao informá-lo que Arya está muito bem, obrigado, e é capaz de se defender muito bem sozinha.

Cersei e sua trupe chegam, e os encontros e reencontros continuam, primeiro só com troca de olhares, Cersei com Tyrion e com Jon Snow, o Cão e Montanha, Theon e Euron. De todos eles, só Brienne e Jaime aparentam estar felizes com o encontro. Mas Daenerys não está ali ainda, ela precisa de uma chegada triunfal. E uma chegada triunfal é o que ela terá: montada em Drogon, com Rhaegal de escolta, o dragão pousa majestosamente onde sua espécie quase foi dizimada um século antes. Quem ainda não tinha visto um dragão de perto está obviamente estarrecido com aquilo, exceto Cersei. Quer dizer, ela também está, mas faz de conta que não e deixa clara sua impaciência com aquela cena e com a demora na chegada de Daenerys, que se desculpa dando beijinho no ombro.

Mas antes de começarmos os trabalhos, o Cão vai checar de perto o estado de seu irmão: “O que fizeram com você? Não importa, não é assim que vai acabar para você, meu irmão. Você sabe quem virá atrás de você. Você sempre soube” – e a torcida do Cleganebowl vai ao delírio!

Tyrion começa seu discurso mas é rudemente interrompido por Euron, que resolve que aquele era um bom momento para mandar um recado para Theon, de que se ele não se submetesse a Euron, sua irmã seria morta logo logo. Tyrion tenta argumentar que tem brigas de família mais importantes naquele recinto, Euron caçoa do anão, que tira de letra e ainda dá a brecha para Theon provar que está evoluindo: ele até consegue participar da conversa! Cersei dá um pito em Euron e finalmente podemos começar a reunião.

Depois de Tyrion lembrar a todos o quanto eles se amam (sqn), Jon toma a palavra e deixa claro que “não estamos aqui lutando para vivermos em harmonia, estamos aqui para sobreviver”. Cersei não bota muita fé no que estão dizendo, nem mesmo depois de Daenerys oferecer uma trégua, sem pedir nada em troca. Então chega a hora da troca de presentes. O Cão chega com um zumbi na mochilinha. Depois de abrir o caixote cuidadosamente e da pausa dramática em que o zumbi não quer sair do aconchego daquela que foi sua morada nos últimos dias, o Cão é forçado a virar a caixa e sacudí-la.

O zumbi desperta e vai com tudo para cima de Cersei – reconhecimento de classe? No último instante o Cão puxa a corrente que prendia o zumbi e ele troca de alvo. Mesmo depois de ser cortado ao meio, ele continua querendo matar todo mundo. Jon Snow, no melhor estilo artista de rua, faz uma demonstração de como matar um zumbi: com fogo ou com dragonglass. “Só existe uma guerra que vale a pena ser lutada agora. A Grande Guerra. E ela chegou aqui”. Jon está ficando cada vez melhor no seu pitch. Euron, impressionado com o showzinho, depois de ficar sabendo que os zumbis não podem nadar, coloca o rabo entre as pernas e decide voltar pra casa, “vocês que se matem com esses zumbis, vejo vocês no verão”.

Cersei decide aceitar a trégua de Daenerys, com uma condição: que o Rei do Norte continue assim e que, com a honra peculiar dos Starks, dê sua palavra de que não vai se meter na guerra pelo trono quando ela recomeçar. Mas Jon, como já era esperado, diz que não pode servir a duas rainhas e como já tinha jurado aliança com Daenerys, é obrigado a declinar da proposta. Cersei se levanta, manda um “então vocês que se explodam” e vai embora, deixando todos falando sozinhos. Brienne puxa Jaime e apela para que ele interceda, mandando até um “Fuck loyalty”, ao som de Pennywise. Jaime aparenta estar convencido que a luta contra os mortos é mesmo mais importante do que qualquer coisa, mas sabe que não tem condições de convencer Cersei de nada.

Jon então é cercado por Tyrion e Daenerys, que apesar de gostarem de ver ele tornar a aliança dos dois pública, sabem que esse não era o melhor momento para isso – aliás, onde está Davos nessa hora para botar um pouco de juízo nesse povo? O que eles esperavam de Jon? Ele nunca iria fazer uma promessa dessas sem ter a intenção de cumprí-la.

Tyrion decide ir lá ter um particular com Cersei, apesar dos protestos de Dany. No caminho ele encontra Jaime que já diz que a coisa tá feia lá dentro da sala da rainha, tome cuidado. Então temos mais uma das trocas de farpas entre Cersei e Tyrion regadas a muito vinho – há quanto tempo, não é mesmo? Tyrion começa desafiando Cersei a matá-lo ali mesmo, mas ela não consegue – ou na verdade não quer, seria muita estupidez fazer isso neste momento, com o castelo cercado e dois dragões sobrevoando o espaço aéreo. Cersei o acusa de querer destruir a família, Tyrion responde que não, muito pelo contrário, se não fosse por ele King’s Landing já teria virado cinza. Depois de mais algumas farpas, Cersei demonstra certa fragilidade ao relembrar o zumbi a centímetros de sua cara e acaricia sua barriga. É o suficiente para Tyrion entender tudo.

Minutos depois temos o anão voltando para onde seus amigos estão, trazendo atrás de si Cersei e seu séquito, bem quando Jon dizia para Daenerys não levar tão a sério a maldição/profecia de uma bruxa que já tinha se mostrado nada confiável, o que dizendo desse jeito parece perfeitamente lógico. Bom, Cersei volta a cena e diz que depois de muito refletir, resolveu apoiar a causa de Jon e Daenerys e vai ceder seus exércitos para lutar no Norte. E espera que no futuro eles se lembrem de que ela, em sua imensa benevolência, aceitou a trégua mesmo sem nenhuma contrapartida.

Depois, Cersei vê Jaime reunido com seus comandados planejando como ajudar os nortenhos. Ela pede um particular, e já começa descascando seu irmão, dizendo que ele sempre foi o mais estúpido dos Lannisters, que a intenção dela nunca foi de ajudar Jon e Daenerys mas sim deixar que os monstros se matem. Ah, e a fuga de Euron foi planejada, já que ninguém a abandona assim. Ele foi conseguir o exército de 20 mil mercenários lá em Essos. É possível até ouvir o barulho das fichas caindo dentro da cabeça de Jaime, mas ele ainda tenta argumentar, que eles tem o dever de proteger os seres humanos da ameaça White Walker, mas Cersei está impassível. Jaime decide partir, só para dar de cara com a Montanha. Jaime acredita que sua hora chegou e desafia sua irmã a matá-lo. Ela, que já tinha poupado Tyrion na mesma situação, novamenete refuga e poupa seu outro irmão – apesar de que agora realmente acredito que tenha sido por “amor”. Amor ao nome Lannister mais do que a Jaime, mas amor ainda assim.

Jaime então pega seu cavalo e parte, solitário, rumo ao Norte. Ao parar para contemplar King’s Landing pela que pode ser a última vez, ele percebe a neve caindo no Sul e realiza que realmente o inverno chegou.

Em Dragonstone, depois de Jon e Daenerys chegarem à conclusão de que o melhor é os dois chegarem juntos a Winterfell, Theon e Jon ficam sozinhos na sala do trono. Os dois compartilham suas experiências de vida com as similaridades de serem só meio Starks os dois e serem criados como algo inferior aos seus irmãos e o conflito interno de Theon, desde pequeno, com a metade Stark e Greyjoy em discordância até sobre o certo e errado. Jon consegue perdoar Theon até onde for possível e suas palavras parecem ter tocado mesmo Theon, que decide que é hora de deixar Reek para trás e ir fazer o que deve ser feito: salvar sua irmã, que apesar de tudo nunca o abandonou e, da maneira dela, sempre tentou ajudá-lo.

Ele vai atrás dos outros companheiros de Yara, que insistem em fugir da guerra, como supostamente fez Euron e faz um discurso sobre como eles devem a Yara fazer de tudo para resgatá-la, que ela é a líder verdadeira deles. O comandante atual da frota de Yara não quer saber disso e resolve que o melhor é resolver isso à moda das Ilhas de Ferro: na mão. Mas se tem algo em que Theon é melhor do que ninguém é em suportar a dor. Ele apanha até não querer mais, mas sempre levanta, o que acaba cansando seu oponente. No final, ele recebe algumas joelhadas onde alguns anos atrás o fariam chorar mas onde agora não há mais nada e finalmente consegue descer a mão em quem o machuca, deixando seu desacordado (ou morto) na areia. Ele grita “Por Yara!” e consegue, bem do jeito que as coisas são nas Ilhas de Ferro, o apoio de seus novos comandados. E de lá partem para resgatar sua irmã.

Em Winterfell, Sansa conversa com Littlefinger, pedindo conselhos sobre o que fazer com sua irmã, que está mais ameaçadora do que nunca. Littlefinger, em mais um de seus momentos filosofais, pede para que Sansa faça o exercício de imaginar o que de pior pode estar passando pela cabeça dos seus inimigos. Sansa vai acompanhando o raciocínio de Littlefinger, até chegar à conclusão de que Arya quer matá-la para poder virar Lady de Winterfell – o que, cá entre nós, não faz nenhum sentido, Arya nunca quis nada disso. É claro que logo depois sabemos que nada disso era pra valer – ou será que era até então e só depois é que deixou de ser? Não sabemos.

Sansa chama os lordes que a apoiam para o que parece ser o julgamento de Arya. Ela lista os crimes primeiro e depois o nome do acusado: Lord Petyr Baelish, que atônito e surpreendido, tenta se defender. Mas a lista de acusações é muito grande: assassinato de Lysa Arryn, conspirar para que Lysa Arryn matasse seu próprio marido, a traição de Ned Stark, fomentar a discóridia entre os Lannisters e Starks. A lista poderia continuar ainda por mais algum tempo, mas isso já foi suficiente. Arya, Bran e Sansa se juntam e cada um coloca ainda mais sal na ferida de Littlefinger, que já sem ter outra escapatória, tenta apelar para os outros Lordes do Vale e termina de joelhos, pedindo clemência. Arya, de posse da adaga que um dia foi de Littlefinger, num só movimento, abre a garganta de Littlefinger, sem nem piscar.

Depois disso, as duas se encontram nos muros de Winterfell, olhando o campo coberto de neve, e trocam palavras agradáveis pela primeira vez. Elas reconhecem suas diferenças, rolam alguns elogios mas ainda uma disputa, saudável. Mas uma disputa entre irmãs, que se gostam apesar de tudo e se respeitam. “Quando a neve cai e o vento gélido chega, o lobo solitário morre, mas a alcateia sobrevive”.

E chegamos à penúltima sequência do episódio, que na verdade são duas sequências entrecortadas. Sam finalmente chega a Winterfell e vai conversar com Bran. Em Dragonstone, Jon bate na porta de Daenerys – já sabemos exatamente o que vai acontecer aqui, mas a narração é a conversa entre o Corvo de Três Olhos e Samwell Tarly. Bran avisa Sam que eles precisam contar a Jon que ele na verdade é filho de Rhaegar com Lyanna Stark. Isso acende uma luzinha na cabeça de Sam, que lembra do que Gilly encontrou nos livros: que Rhaegar tinha anulado seu casamento anterior e tinha se casado oficialmente com Lyanna, e portanto Jon Snow é o herdeiro legítimo do Trono de Ferro. Bran vai até às árvores e dá uma consultada no passado. Ele vê o casamento de sua tia com Rhaegar e logo depois volta a visitar o momento em que Ned Stark pega Jon no colo e desta vez podemos ouvir o que Lyanna disse a Ned: o nome dele é Aegon Targaryen. E ficamos sabendo disso tudo exatamente no momento em que Jon e Daenerys se deitam pela primeira vez. Exatamente o que pode causar a maior disputa entre os dois no momento em que eles estão mais próximos.

Já ao Norte da Muralha, Tormund e Beric Dondarion estão olhando para o horizonte quando percebem que o exército dos mortos chegou. Mas eles estão protegidos pela muralha, certo? Errado, pois logo o Night King chega montado em Viserion Sinatra Blue Eyes e o dragão, cuspindo fogo azul (será que formol queima azul também?), vai aos poucos destruindo a muralha, e não tem nada que ninguém possa fazer para impedí-lo. Tormund e Beric tentam fugir, mas nem sabemos se eles conseguem antes da muralha colapsar – parece pouco provável. E desta forma, os mortos chegam a Westeros.

Notinhas

  • Os dois últimos episódios desta temporada tiveram inícios muito parecidos: um monte de personagem se juntando pela primeira vez, ou pelo menos pela primeira vez em muito tempo. Podemos ver duas formas de mostrar isso completamente diferentes. Na semana passada, foram 30 minutos de conversas inúteis que não levaram a lugar nenhum. Já no season finale, todos os diálogos foram pertinentes e os reencontros foram recompensadores. Tudo bem que os personagens nesta segunda vez são muito maiores do que a leva da semana passada, mas esse é um motivo para ter gastado menos tempo com isso da primeira vez. Ainda mais numa temporada tão corrida quanto essa.
  • Neste ponto, a única crítica é que o papo entre Tyrion e Bronn deveria ter acontecido da primeira vez em que eles se encontraram e não agora. Da forma como foi mostrado, foi como se eles nem tivessem se falado da outra vez, quando na verdade foram os dois que armaram aquele encontro.
  • Não sei se foi o efeito King’s Landing, se a direção ou os roteiristas estavam mais inspirados, mas finalmente tivemos um episódio recheado de Tyrion no seu melhor. Deve ser o vinho em King’s Landing mesmo – e a presença de sua irmã nas imediações.
  • O Cão tem aquele jeitão bronco dele, mas o cara sabe o que realmente importa nessa vida e não é de guardar rancor (exceto de seu irmão). Tanto ele quanto Brienne estavam querendo proteger Arya e saber que ele faria com Brienne o mesmo que ela fez com ele faz com que o perdão saia facilmente.
  • Sabendo agora que a saída “covarde” de Euron era apenas uma armação de Cersei, fica mais compreensível a atitude escrota dele desde o início do encontro. O que ele e Cersei queriam era apenas um motivo para que ele pudesse sair e levar sua frota para Essos buscar uns 20 mil mercenários.
  • Fora de brincadeira, assim que escrevi a palavra Pennywise ali em cima, começou a tocar “Fuck Authority”. lml

  • O diálogo entre Tyrion e Cersei não foi apenas uma homenagem às tantas e tantas guerras verbais que os dois já travaram. Foi possivelmente a melhor delas, tanto em roteiro quanto em atuação. Impossível tirar os olhos da tela enquanto eles estão dentro daquela sala.
  • Apesar de não ser mostrado exatamente como Tyrion “convenceu” Cersei a aceitar a proposta de Daenerys, é muito provável que além dele ter apelado para a gravidez de sua irmã, eles tenham feito algum tipo de acordo com relação ao herdeiro dos Lannisters. Algo do tipo “seu segredo está guardado comigo e vou fazer o possível para que meu sobrinho possa nascer e crescer saudável”.
  • Sobre a maldição de Daenerys, um amigo comentou uma teoria que ainda não tinha ouvido e que não consegui confirmar se procede ou não: que uma mulher Targaryen só consegue ter filho de outro pai Targaryen – ou que pelo menos seria bem mais difícil ter um filho de um pai não-Targaryen. Isso explicaria a deformação de seu natimorto filho com Khal Drogo. A teoria parece fazer sentido, mas ela precisaria de mais indícios. Não me parece o estilo dos escritores – tanto dos livros quanto do seriado – de trazer uma explicação dessas para um possível filho de Jon e Daenerys. Mas vale a teoria, quem sabe não é essa a explicação.
  • Será que Jaime vai dar um jeito de levar Bronn com ele? Ou Bronn vai ficar como chefe do exército de Cersei? Isso seria meio esquisito, ele não tem relação nenhuma com a Rainha Sith, o lance dele sempre foi com os Lannister Brothers.
  • A trama em Winterfell, apesar de extremamente satisfatória em seu final, deixou muito a desejar no que diz respeito à sua construção. Esconder do público diálogos e decisões importantes para surpresa dramática é algo muito abaixo do padrão Game of Thrones de qualidade. Quer dizer então que Arya, Sansa e Bran estavam já alinhados há algum tempo, mas nenhum indício disso foi mostrado? Como foi que Sansa e Arya combinaram a jogada? Qual foi o papel de Bran nisso tudo? Desde quando isso estava acontecendo? Durante os dois primeiros episódios da temporada tivemos Sansa dando mostras de que não cairia mais na conversa de Littlefinger, depois passamos o resto da temporada com ela se enfiando cada vez mais no lamaçal montado por seu adorador, para no último instante mostrar que ela estava sim no controle? Ficou faltando pedaço nessa história. Claro que não queríamos tudo mastigadinho e explícito, mas algo, mesmo que sutil, que pudesse ser entendido somente depois, “ah, então era disso que elas estavam falando”.
  • O único indício de que tinha algo de estranho no ar foi quando Arya entrou em cena com a adaga a mostra em sua cintura. Ela a tinha entregado a Sansa, em algum momento a adaga foi devolvida. Mas quando?
  • Por onde anda Lyanna Mormont!?

  • RIP Mindinho. Suas maquinações finalmente foram sua cova. Não tivesse ido com tanta sede ao pote e segurado um pouco a onda contra os Starks, poderia ter sobrevivido. Ficar colocando as duas irmãs uma contra a outra, e ainda com a presença de Bran, que tudo pode descobrir, foi demais para você.
  • No episódio de hoje descobrimos um pouco mais sobre o funcionamento dos poderes de Bran. Primeiro que ele só consegue ver o passado e o presente, mas não o futuro. Além disso, ele não sabe automaticamente de tudo o que aconteceu em todos os lugares, ele precisa querer consultar alguma coisa determinada para descobrir o que aconteceu. É como se ele tivesse a Wikipedia inteira a seu dispor, mas precisa saber o que procurar.
  • Estranha a reação de Tyrion ao ver Jon entrando no quarto de Daenerys. O que será que estava passando pela cabeça do anão? Saberemos somente no ano que vem.
  • Terá sido esse realmente o fim de Tormund? O seriado não costuma se despedir dos personagens mais importantes deste jeito, mas como será que ele teria conseguido fugir do caos e destruição causado pelo dragão de gelo?
  • Quer dizer então que aquela malfadada expedição, que já tinha servido apenas para que Cersei pudesse enganar o Team Targaryen, ainda teve como efeito colateral entregar ao Night King a única arma que ele precisava para derrubar a Muralha? Sábia mesmo só Ygrette: You know nothing, Jon Snow.

  • E agora um ano ou mais de espera pelo encerramento do seriado. Como será a luta com os White Walkers? Como o Norte irá se segurar contra um exército desses? Será que Cersei vai conseguir atrapalhar tudo? E a reação do casal Targaryen quando descobrirem que não apenas são parentes como Jon tem mais direito ao trono do que Daenerys? Se os dois estiverem juntos, serão Rei e Rainha de qualquer forma, mas será que isso será suficiente para Daenerys? Tudo isso e muito mais, na temporada 8 de Game of Thrones!

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