Quando vi o trailer de Bordertown no Netflix, imediatamente me interessei, mas não imaginava o que exatamente me aguardava. O seriado pode ter uma temática que muito te interessa, mas não ser bem executado, ter uma história mal interpretada ou mal produzida. Bem, definitivamente não é isso que aconteceu com Bordertown. O seriado conta a história do detetive Kari Sorjonen (Ville Virtanen) que por conta do câncer de sua esposa, resolve se mudar de Helsinki com a família para a antiga cidade da mulher, Lappeenranta, que fica a aproximadamente 30km da fronteira com a Rússia. A intenção da mudança é diminuir o ritmo de trabalho e poder ficar um pouco mais com sua mulher e filha, nem que seja pelo menos para jantar com elas todas as noites.
Kari é um investigador bastante competente, porém seus métodos são pouco usuais, sem contar sua falta de traquejo social. Normalmente esse tipo de personagem, gênios de alguma forma, são mal compreendidos e isolados. Não é exatamente o caso de Sorjonen, que apesar de não ser muito bem compreendido é devoto à família, que tenta compreendê-lo na medida do possível, o que torna o personagem muito mais interessante. As aspirações de mais tempo familiar falham miseravelmente, afinal, um cara tão genial é muito requisitado. Kari tenta a todo custo manter sua promessa, mas, todos sabem que essa é uma promessa que ele provavelmente jamais irá conseguir cumprir.
A cidade aparentemente calma esconde segredos bastante obscuros. Tráfico de mulheres, drogas, assassinatos, conspirações, corrupção, tudo isso bem pertinho da fronteira com a Rússia, o que só deixa as coisas mais tensas. A fotografia, os atores, a cultura, os dramas, os crimes e até a música de abertura são simplesmente obscuras e belíssimas. Bordertown é uma série para se devorar, mas para devorar lentamente, todos os detalhes são bastante importantes e se perder algo, talvez deixe de entender outra coisa mais importante adiante. Aprecie sem moderação.
Notinhas
*Contém Spoilers
- A detetive Lena é sensacional, mas me decepcionou um pouquinho a falta de empatia dela no caso da filha de Kari. Ele foi um dos que mais ajudou quando a filha dela sumiu, ele quem colocou ela na unidade, ele que acolheu a filha dela quando ela se envolveu no caso da luta e mesmo sendo ela bastante fria, esperava um comprometimento um pouco maior por parte dela;
- Outro fato bastante estranho é a Pauliina ir viajar com o prefeito sendo que a filha dela tinha acabado de ser presa. Mesmo a intenção dela ser pressionar/chantagear o cara;
- Perdi algum detalhe que não entendi como a moça sobreviveu três dias debaixo da água. E o que aconteceu com a ginecologista que claramente tinha um certo envolvimento no caso;
- Alguém pescou qual o grande problema de ter kari na cidade e a construção do Cassino? O cara é bom, mas ele investiga homicídios e não corrupção e improbidades administrativas;
- A música tema é um toque especial no seriado:
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