Asylum, a tão esperada segunda temporada de American Horror Story começou. E trouxe de volta aquele tesão aterrorizante, aquele nó no estômago e todos os clichês apaixonantes das histórias de terror.
Quando American Horror Story foi anunciada no ano passado, confesso que fiquei bastante cética e até mesmo preconceituosa. Achei que se tratava apenas de mais uma série de terror que vinha pegar carona na fama de Supernatural, True Blood e The Walking Dead. Embora essas três séries sejam bem diferentes e seu público geralmente distinto, elas possuem um elemento em comum: o sobrenatural. E nessa vibe chegaria AHS, mas sem muita substância. Fico muito feliz em todos os meus temores não terem se concretizado. A primeira temporada foi excelente, abordando com maestria alguns clichês do terror, então a espera por Asylum foi esperançosa. Não decepcionou e veio com tudo.
*Contém Spoilers
Nada mais perfeito do que um antigo sanatório como cenário, mas não só de cenário se faz um bom horror. Com a excelente atuação de Jessica Lange, Evan Peters e um ótimo time de atores, a segunda temporada não se conecta com a primeira e isso deixa o seriado mais ágil, podendo explorar a história sem levá-la à exaustão. O primeiro episódio começou mostrando um casal nos dias atuais, fazendo uma espécie de turismo sexual bizarro. Eles entram no sanatório para explorar, de todas as formas possíveis, se é que vocês me entendem. Só que não estamos numa pornochachada, e o clímax acaba em gritos, desespero e muito sangue. Logo somos transportados para a década de 60, quando o sanatório ainda estava na ativa. Começamos conhecendo Kit Walker (Evan Peters), um moço simples, que trabalha num posto de gasolina e é secretamente casado com uma negra. Ele parece ser um bom moço, até que algo modifica totalmente sua pacata vida. Enquanto isso somos apresentados ao Briarcliff Mental Institution (Instituição para doentes mentais Briarcliff), que tem como coordenadora Jude (Jessica Lange), uma rigorosa madre, que pune sem piedade quem desobedece as regras e também admira profundamente o Monsenhor Timothy Howard (Joseph Fiennes).
Briarcliff está prestes a receber um dos mais ilustres serial killers da época: o Bloody Face, que é ninguém menos do que o pacato funcionário do posto de gasolina Kit Walker. Dr. Arthur Arden, o médico do sanatório, está ansioso para receber o assassino e poder colocar em prática seus tratamentos experimentais nada convencionais. Kit se diz inocente e vítima de uma abdução alienígena, sendo obviamente desacreditado por todos. No entanto ele acaba conseguindo uma aliada dentro do hospício, a bela e misteriosa Grace, que realmente parece ser a menos anormal daquele lugar. Porém não é só o médico que está interessado nas mortes e histórias do rapaz, mas a jornalista Lana Winters também. Ela consegue invadir o sanatório durante a madrugada a fim de investigar e entrevistar o rapaz, porém ela é descoberta e sua paz está prestes a se acabar de vez. Ela não só é descoberta, como também descobre que o sanatório abriga muito mais do que doentes mentais. E o episódio acaba retornando aos dias atuais e mostrando o casal da lua de mel bizarra, tendo momentos muito mais bizarros do que eles sequer puderam imaginar em suas loucas fantasias.
Cada cena, cada ação e reação do episódio tem que ser apreciada com muita atenção. Em American Horror Story tudo pode acontecer e o que parece ser menos importante pode ser a explicação para um grande mistério. Asylum chegou pra abalar, aprecie sem moderação 😉
Notinhas
O que são aquelas criaturas da floresta ao redor do hospício?
Monsenhor é um título eclesiástico de honra conferido aos sacerdotes da Igreja Católica pelo Papa;
Teremos um American Horror Story com uma pitada de Arquivo X?
Muito interessante abordarem a homossexualidade (Lana é lésbica) na década de 60;
Jessica Lange está novamente impecável;
Essa temporada parece que será mais direta do que a primeira. Vamos acompanhar.