Quarteto Fantástico

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Fui convidado pela amiga Mônica para escrever uma crítica do novo filme da Fox, Quarteto Fantástico. O enorme prazer de escrever para o Sem Piruá, é inversamente proporcional à experiência de assistir esse novo filme de franquia Marvel (lembrando que esse não faz parte do Universo Cinemático dos estúdios Marvel!).

O filme busca retratar a origem do Quarteto, assim como o primeiro filme de 2005. Desde o começo, o clima sombrio e escuro, o faz distanciar bastante do filme de 2005, que teve a tendência de seguir a estória original mais a risca, com um visual mais colorido e que, podia agradar crianças a adultos.

O Quarteto sempre se destacou pelo ambiente familiar e descontraído, tendo em vista que é formado pelos irmãos Sue (Mulher Invisível) e Johnny Storm (Tocha Humana) e pelos amigos Reed Richards (Senhor Fantástico) e Bem Grimm (Coisa), sendo que Sue e Reed acabam se casando inclusive. A origem nesse novo filme foi contada com base na série Ultimate Fantastic Four, que seguiu a linha da linha Ultimate da Marvel, que visa recontar a estória dos personagens com uma roupagem diferente e mudando alguns aspectos.

A alteração da viagem para o espaço, onde a nave seria atingida por raios cósmicos (onde os personagens ganham seus poderes), pelo teletransporte para outra dimensão (zona N), já pode ser criticada pelos fãs mais ferrenhos, mas isso é o menor dos problemas do filme.

O filme é cansativo, sendo que, dos 100 minutos, 90 (!) são para contar como eles ganham os poderes e lidam com eles. Temos apenas 10 minutos de batalha com o arqui-inimigo, Doutor Destino, que não tem destaque algum, sendo que é um dos vilões mais legais e poderosos do Universo Marvel. Inclusive, a batalha tem cenas bizarras, como por exemplo, eles sendo sugados para a outra dimensão. Parece que tinha um aspirador do outro lado.

Quarteto Fantástico 2015

(nossos heróis um pouco antes de serem sugados pelo aspirador)

A falta de carisma e interação dos atores também atrapalha muito. Michael B. Jordan faz um Tocha Humana com piadas infames e sem graça. A questão da Mulher Invisível ser adotada (alvo de crítica antes da estreia do filme), foi pouco explorada e nem explicada direito! A juventude do elenco, que não atrapalhou nos últimos filmes X-Men (Primeira Classe e Dias de um Futuro Esquecido), aqui faz mais lembrar Malhação.

Podemos passar um bom tempo falando dos problemas do filme, como por exemplo, um Coisa pelado (!) o tempo todo! Não deram uma cuequinha pra ele vestir hahaha. Os jargões “em chamas” e “ta na hora do pau”, uma vez cada.

Esperando por um filme em 3D? Nope. Não temos essa versão. Esperando pelo cameo do Stan Lee? Não acontece (talvez por vergonha). Esperando por uma cena pós-créditos, para explicar que vai acontecer no eventual Quarteto Fantástico 2, já marcado para 2017? Não acontece.

Aliás, um ponto positivo que vi no filme, foi a Mulher Invísivel usar mais do seu poder de campo de força. Só. Kate Mara, de longe, foi a que mais parecia a personagem original e que melhor encaixou no papel.

O filme distancia até um plano de que a Fox pretendia um crossover entre os Fantásticos e os X-Men. Como isso poderia acontecer?

Esperamos que a Marvel recupere um dia (logo) os direitos de Quarteto Fantástico, que é um dos primeiros grupos de super-heróis e com personagens fascinantes, que fazem muita falta no seu Universo Cinemático. Como veremos um filme da Guerra Civil sem o casal Sue e Reed, que têm papel fundamental na trama? Fox, faça como a Sony fez com o cabeça de teia, e devolva eles logo, por favor!!

E que os Deuses de Asgard nos ajudem se tivermos mesmo uma sequência…

*Marcos Toshiro Iwai – Engenheiro e apaixonado por quadrinhos

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