Isolados

Faz tempo que não escrevo sobre um filme nacional e eis que esses dias, mexendo no Telecine encontrei Isolados. Pela sinopse parecia interessante, então, resolvi arriscar.

O filme é sobre um casal que vai passar uns dias numa casa alugada na região serrana do Rio de Janeiro. Lauro (Bruno Gagliasso) é residente de psiquiatria e Renata (Regiane Alves), sua namorada é artista plástica e ex paciente da clínica onde Lauro faz residência. O motivo da viagem é melhorar a relação e também para que Renata possa descansar e trabalhar um pouco. Chegando na casa, além de isolada, ela é bem estranha. Chegando lá, Lauro ouve sobre uma onda de crimes violentos contra mulheres que estão acontecendo na região. Sem avisar Renata, ele tenta protegê-la a todo custo e isso torna a viagem bastante sufocante e violenta.

Isolados chama atenção logo de cara por ser um filme de suspense/thriller psicológico, categoria muito pouco explorada no cinema nacional. O filme é repleto de clichê? É e isso acaba atrapalhando um pouco, pois uso em demasia de diversos elementos para gerar angústia, suspense e medo em acaba deixando o filme um pouco cansativo. Porém um plot twist sensacional acaba salvando o filme.

Isolados possui uma áurea sufocante e alucinante, vale a pena assistir. Seria ótimo o cinema nacional investir mais nesses gêneros. Temos potencial, só precisamos explorar 🙂

Notinhas

• Dê uma chance ao filme, assista de coração aberto. Ele possui uma certa confusão, clichê em excessos, mas vale pelo plot twist e pelo esforço. O cinema nacional ainda não está acostumado a trabalhar com suspense/thriller, mas pode chegar lá com um pouco de paciência e carinho do público;
• Bruno Gagliasso está muito bem no papel. Em alguns momentos abusa um pouco na encenação e daí não sabemos se por erro do próprio ou se a pedido do diretor, mas no geral manda bem;
• Alguns atores, como o José Wilker por exemplo, são completamente desnecessários no filme.