Emelie

Alguém procurando uma babá? Se sim, melhor não chamar Anna, ou melhor, Emelie. O filme conta a história de um casal que sai para jantar e comemorar aniversário de casamento, deixando seus três filhos, Sally – 11 anos, Jacob – 9 anos e Christopher – 4 anos, aos cuidados de uma babá. Eles contratam Anna, uma babá aparentemente experiente, simpática, reservada e paciente. Assim que os pais saem, a babá começa lentamente a mudar de atitude, ficando cada vez mais estranha e com atitudes bastante controversas. Aos poucos as duas crianças maiores percebem que algo está muito errado ali, mas, indefesas e com medo não sabem exatamente como agir perante uma babá tão ameaçadora.

Geralmente em filmes sobre babás ou elas são as vítimas (seja por serem perseguidas por psicopatas ou forças sobrenaturais) ou elas são as psicopatas/demoníacas. No caso da babá dos Thompsons, ela é a maníaca psicopata. A história começa bem, deixando um clima de apreensão e mistério no ar, diversos momentos conseguimos sentir o desconforto das crianças, o que deixa a sensação de incômodo mais intensa – o que é bom nesse tipo de filme – porém ao mesmo tempo você imagina que os motivos daquilo tudo já deveriam estar começando a aparecer. Na metade do filme temos uma pista que explica as razões de Anna/Emelie, mas é também nesse momento que o filme começa a desandar. Infelizmente o final é um desastre completo. Tudo fica solto, sem sentido, ruim de assistir, inclusive fotograficamente, parece que queimou alguma lâmpada do set de filmagem e precisaram improvisar e terminar o filme assim mesmo. O filme acaba e você pensa: tá, e? Pois é, parece que acabou a imaginação, alguém brigou com alguém nos bastidores e tiveram que terminar de qualquer jeito ou o cachorro comeu o roteiro e ninguém sabia como terminava, seja como for, decepcionou. Uma pena, começou bem, poderia ter sido um entretenimento interessante os 80min de filmes. Bem, tem 35min interessantes, caso queira 😉

Notinhas

• Os pais são os seres mais bizarros desse filme, especialmente o pai. Eles parecem que estavam passando nos estúdios, voltando de alguma outra filmagem e pediram pra eles entrarem e gravarem algumas cenas e por amizade aceitaram. Não passam a sensação de estarem integrados ao filme;
• As crianças atuam super bem, porém, o papel de Sally ficou bem inferior ao que deveria ser. Ela interpreta uma pré-adolescente de 11 anos e seu irmão Jacob um garoto de 9 anos. Porém, no filme parece que ela tem 8 anos e ele 12 anos. As atitudes dela não correspondem às atitudes da maioria das garotas de 11 anos. Poderiam a ter colocado em parceria com o irmão para ajudar o mais novo, inclusive isso melhoria bastante a segunda parte do filme. Realmente houve algum problema com quem escreveu o roteiro;
• O pai parece não gostar ou ter algum problema com o filho do meio, Jacob, mas é isso, não sabemos se realmente tem, o que aconteceu ou não. Aliás, outra impressão que temos é que o pai e a mãe estão tendo problemas no casamento, novamente, jogaram ali e saíram correndo.