Amores Brutos

 

São três núcleos distintos que seguem com suas vidas na Cidade do México, até que um acidente os envolve de certa forma e isso mudará suas vidas para sempre. Entre eles estão Octavio (Gael García Bernal) e sua cunhada Susana (Vanessa Bauche) que vivem sob o mesmo teto e mantém uma relação complicada entre si e com a família.  Daniel (Álvaro Guerrero) e a modelo Valeria (Goya Toledo), que se envolvem amorosamente e fazem Daniel abandonar esposa e filhos, e Chivo (Emilio Echevarría) um ex-guerrilheiro comunista, que vive e convive com seus questionamentos e fantasmas, sempre vivendo à margem da sociedade.

O filme, dirigido por Alejandro González Iñárritu e escrito por Guilhermo Arriaga, é bastante violento, principalmente para os amantes de cachorros. Sim, eles possuem um papel fundamental em toda a trama. Mas o mais perturbador é a que a violência do filme não é gratuita, ela mexe com os sentimentos de todos nós, ela é urbana e corriqueira e envolve todas as classes sociais. Aquilo que você vê ali na tela é algo que pode ocorrer a qualquer momento em qualquer canto do mundo e com qualquer pessoa, inclusive você. Amores Brutos (Amores Perros), tira você do seu mundinho e te joga numa realidade nua, crua e de difícil digestão. Essa reflexão que o filme provoca, ele o faz de forma clara e sem meias palavras, sem diálogos profundos, cheio de citações a grandes nomes da filosofia. É como sentir tudo o que os filósofos falam, mas que muitas vezes nos parece distante e irreal.

Amor, desilusão, traição, dinheiro, fama, vaidade, sexo, família, violência, amigos e inimigos, tudo isso é amor e amor é vida e está presente nesse perturbador e ótimo filme. Amores Brutos é recomendado para quem gosta de filmes mais crus, menos conto de fadas e que queira fugir um pouco de Hollywood. Porém o filme conta com bastante cenas de violência animal, perturba um pouco, assistam preparados 😉

Prêmios: 

Academia Mexicana
11 prêmios Ariel, entre eles o de melhor filme, melhor diretor e melhor ator.
BAFTA (Reino Unido)
Melhor filme em língua não-inglesa
Festival de Cannes (França)
Prêmio da crítica
Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2001.

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